Via G1

Após os britânicos decidirem em plebiscito sair da União Europeia, o primeiro-ministro David Cameron afirmou que o Reino Unido “deve buscar um novo primeiro-ministro” e anunciou que vai renunciar ao cargo, em pronunciamento foi feito à imprensa nesta sexta-feira (24) em frente ao número 10 de Downing Street, residência oficial do premiê britânico. Ele deve deixar o cargo em outubro. “Os britânicos votaram pela saída e sua vontade deve ser respeitada”, afirmou Cameron. “A vontade dos britânicos deve ser seguida”. O premiê ponderou que o país precisa de uma nova liderança para levar adiante a decisão do referendo. “A negociação deve começar com um novo primeiro-ministro”, disse o político.

A vitória do “Brexit” derrubou também as Bolsas na Ásia e os mercados futuros da Europa e dos Estados Unidos antes mesmo do resultado oficial ser divulgado. A libra esterlina, moeda do Reino Unido, despencou e atingiu o menor valor frente ao dólar em 31 anos. “Agora que a decisão foi tomada, precisamos encontrar o melhor caminho. Farei o que for preciso para ajudar”, afirmou Cameron, projetando deixar o cargo até outubro. “Eu amo esse país e me sinto honrado de ter servido a ele.”

O primeiro-ministro britânico estava sobre intensa pressão para renunciar. O político é o responsável pela convocação do referendo, por ter prometido – e cumprido – convocar o referendo se vencesse com maioria as eleições gerais de 2015, mas havia se posicionado a favor de permanecer no bloco europeu e alertado sobre o risco do “Brexit”.

O ‘brexit’, acrônimo pelo qual é chamada a possível saída do Reino Unido da União Europeia (UE), lidera com quase 1 milhão de votos a apuração do referendo realizado nesta quinta-feira no Reino Unido, com 52% dos votos contra 48% da permanência. Faltando a apuração de apenas 47 das 382 zonas em que está dividido o mapa eleitoral britânico, a saída do Reino Unido mantém um progresso constante em uma noite de alternativas na contagem, apesar de ainda se espera conhecer a maioria de votos na capital britânica.

Com o número de eleitores estimado em 71%, o resultado final do referendo histórico parece muito apertado, muito mais do que o esperado, disseram analistas.