O ministro da Educação, pastor Milton Ribeiro, tomou posse nesta quinta-feira em uma cerimônia fechada para a imprensa no Palácio do Planalto. Em seu discurso, Ribeiro afirmou que vai conduzir sua gestão com base em princípios constitucionais e respeitando a laicidade do Estado. O ministro disse também que nunca defendeu a violência nas escolas, justificando uma afirmação anterior na qual mencionou que crianças devem ser educadas com “dor”. Em um vídeo que circulava pelas redes sociais, Ribeiro também dizia que a “correção” não será obtida por “métodos suaves”, com a exceção de algumas crianças “superdotadas” que entenderiam o argumento dos pais.

Em sua fala, Ribeiro agradeceu ainda à escola pública e afirmou que quer abrir o diálogo no MEC. Ribeiro, que é pastor da Igreja Presbiteriana, é o quarto ministro da Educação do governo do presidente Jair Bolsonaro, que participou do evento por videoconferência.

— Conquanto, tenho a formação religiosa, meu compromisso que assumo hoje ao tomar posse, está bem firmado e localizado em valores constitucionais da laicidade do estado e do ensino público. Assim, Deus me ajude.

Antes mesmo de tomar posse, o novo ministro da Educação, Milton Ribeiro, já entrou em campo para negociar com o Congresso o texto da Proposta de Emenda à Constituição que prorroga a vigência do Fundeb, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica.

Na tarde desta quarta-feira (15), Ribeiro participou de uma reunião com deputados para debater o assunto. O encontro, fora da agenda, aconteceu no Palácio do Planalto e teve as presenças dos ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos.

Entre os deputados que participaram da conversa, estava Tabata Amaral (PDT-SP). A participação dela foi considerada um aceno do novo ministro do MEC em busca de diálogo com parlamentares de oposição que militam na área da Educação.

O Globo