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Por José Carlos Werneck

A candidatura de Sergio Moro à Presidência da República em 2022, pelo Podemos é dada como certa pelos integrantes do partido, e a filiação é aguardada para novembro, quando o ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública prometeu responder ao convite que lhe foi feito pela legenda, por estar livre da multa contratual com a consultora internacional Alvarez & Marsal, à qual presta serviços nos Estados Unidos.

O partido acredita que o nome de Moro é o mais viável entre os que já surgiram para encarnar a chamada terceira via, ou seja, uma alternativa diante do cenário da nociva e cruel polarização entre Lula e Jair Bolsonaro.

FILIAÇÃO – Segundo a colunista Bela Megale, de O Globo, o ex-juiz da Lava-Jato Sergio Moro já teria decidido que vai mesmo concorrer às eleições de 2022. O Podemos, partido pelo qual Moro vai se aventurar nas urnas, já teria até marcado para o dia 10 de novembro seu evento de filiação, que deve acontecer no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília.

Diz a jornalista que Moro teria batido o martelo sobre sua filiação quando esteve no Brasil, no mês passado, para uma rodada de conversas sobre seu futuro político. No ato de filiação, o ex-juiz já estará desligado da empresa Alvarez & Marsal, onde trabalha hoje. Até o fim de outubro, Moro tem inclusive eventos públicos representando a companhia.

O Podemos não descarta que o ato de filiação também possa incluir o anúncio da pré-candidatura de Moro à Presidência. Há, porém, a possibilidade deste anúncio ser feito mais para frente.

LAVA JATO – A candidatura de Moro é considerada uma forma de obter os votos de todos aqueles que defenderam a extinta força-tarefa da Lava Jato, liderada pelo então juiz federal Sergio Moro, em Curitiba.

Na reunião ocorrida recentemente na capital paranaense, com membros do Podemos, participaram do encontro a presidente do partido, deputada Renata Abreu, e os senadores Alvaro Dias, Flávio Arns e Oriovisto Guimarães.

Moro ficou de dar a resposta ao partido até o dia 15 de novembro, duas semanas depois do término de seu contrato, nos Estados Unidos, com a consultoria empresarial Alvarez e Marsal, que não permite que ele exerça atividade política durante a vigência.

TEM CHANCES – Integrantes do partido mostraram a Sergio Moro que há, no País, uma demanda pelo seu nome e que muitos eleitores anseiam pela volta do discurso anticorrupção.

Pesquisas realizadas a pedido de simpatizantes de Sergio Moro mostraram que sua candidatura tem possibilidade de crescimento. Justamente por isso, é a que mais preocupa e irrita tanto a bolsonaristas quanto a petistas, o que é excelente para o Brasil.