Próximo da virada do ano, o Governo Bolsonaro continua em baixa, com elevada rejeição e índices de aprovação medíocres. Nova rodada de pesquisa do instituto Poder Data, postada ontem no Poder360, do jornalista Fernando Rodrigues, aponta apenas 22% de aprovação contra 54% de rejeição. A mostra foi feita por telefone entre segunda e quarta-feira.

O PoderData separa os recortes da avaliação do trabalho de Bolsonaro por sexo, idade, região e escolaridade. Eis os destaques: sexo – 29% dos homens acham Bolsonaro “ótimo” ou “bom”; entre as mulheres, taxa é de 17%; idade – 35% dos que têm de 16 a 24 anos consideram o presidente “regular”; região – 64% do Nordeste dizem que Bolsonaro é “ruim” ou “péssimo”; no Sul, 28% o acham “ótimo” ou “bom”; escolaridade – 27% dos que cursaram até o ensino médio consideram o presidente “ótimo” ou “bom”.

Estratificando a pesquisa, nos recortes por idade, 44% dos que têm de 45 a 59 anos afirmam que a vida piorou; 40% daqueles com 60 anos ou mais acham que não mudou. Em relação à escolaridade, 43% dos que cursaram até o fundamental dizem que a vida não mudou, e 51% dos que têm ensino superior afirmam que piorou. Na região Sul, 47% dizem que a vida piorou depois de Bolsonaro.

No Centro-Oeste, a taxa dos que relatam melhora é mais alta: 33%. No Nordeste, 39% dos entrevistados disseram que a vida piorou com Bolsonaro, enquanto 25% afirmaram que melhorou. O Governo não reage porque a comunicação continua muito ruim. O ministro das Comunicações, Fábio Faria, gere com mão de ferro uma área que não entende patavinas, nunca entrou numa redação de jornal e não entende que o mundo globalizado forçou a criação de um novo modelo de expressão na divulgação de ações governamentais.

Não se sabe absolutamente nada deste Governo, extremamente amador até na forma de vender o seu peixe. Quer um exemplo mais recente de uma grande trapalhada? O Governo assumiu a condição de coveiro do Bolsa Família, informando que o programa estava sendo extinto. A boa comunicação seria diferente: o governo diria que o Bolsa Família estava sendo revigorado em quantidade no atendimento de beneficiários e no aumento da ajuda, passando de uma média de R$ 230 para R$ 400.

Mas, não. O grande público contemplado entendeu que o Governo acabou com o Bolsa Família, o maior programa de distribuição de renda do País. Política e Governo são para profissionais, não para amadores.

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