Foto pessoal / Facebook

Por Nilson Klava e Gerson Camarotti / G1 Brasília

De forma reservada, caciques do União Brasil iniciaram conversas com o pré-candidato do PDT ao Palácio do Planalto, Ciro Gomes. Um setor do novo partido liderado por ACM Neto, ex-prefeito de Salvador, tem defendido essa aproximação.

Na noite desta quarta-feira (23), houve um jantar em Brasília que contou com a participação do próprio Ciro Gomes, ACM Neto, o deputado Luciano Bivar, presidente do União Brasil, e Carlos Lupi, presidente do PDT.

UMA NOVA VIA – “Estamos tentando avançar na construção de uma nova via. Combinamos de Bivar fazer articulação com outros candidatos, como Simone [Tebet] e [Eduardo] Leite para discutir futuro do Brasil. Estamos tentando o apoio deles à candidatura do Ciro. Foi dado ao Bivar o poder de marcar, não temos veto a nenhum nome para conversar. Devemos voltar com as conversas depois do fim do prazo de filiação”, disse Lupi ao blog.

Nos últimos meses, o União Brasil já ensaiou um namoro com a pré-candidatura de Sérgio Moro, do Podemos. E, mais recentemente, a nova legenda que surgiu da fusão entre PSL e DEM iniciou um diálogo com MDB, PSDB e Cidadania em busca de uma candidatura única.

“Foi delegado a mim conversar com todos que são do campo democrático e estão dispostos a se sentar na mesa para criar essa via. Estive com a senadora Simone Tebet (pré-candidata do MDB) e, depois, jantei com Lupi e Ciro, que pode emprestar muito da sua inteligência a esse projeto. São gestos importantes. Estamos dialogando com todos”, disse Luciano Bivar ao Blog.

UMA RELAÇÃO ANTIGA – Antigas lideranças do DEM avaliam que Ciro Gomes pode ser uma alternativa aos nomes da terceira via que não decolaram até aqui. O próprio ACM Neto tem mantido contato permanente com o pré-candidato do PDT.

A relação entre os dois é uma antiga. Em 2002, o então PFL, liderado pelo senador Antonio Carlos Magalhães, decidiu abandonar a candidatura do tucano José Serra para apoiar o ex-ministro Ciro Gomes ao Palácio do Planalto.

Na época, Ciro Gomes era filiado ao PPS e chegou em quarto lugar na disputa com Lula, José Serra e Anthony Garotinho.