Por Carlos Newton

Depois de muita protelação, enfim os dois candidatos favoritos – Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) – aceitaram participar de um debate pela TV. Desde o primeiro programa desse tipo, realizado em 1960 com o republicano Richard Nixon e o democrata John Kennedy, os debates passaram a ser fundamentais em todos os países democráticos.

No caso do Brasil, por sua extensão territorial e pelo grande número de eleitores, incluindo analfabetos totais ou funcionais, o debate pela TV se torna ainda mais importante.

NO ENTANTO… – Como aqui no Brasil a democracia tem características meio diferentes, ainda existem resistências à realização dos debates, desde os idos de Fernando Henrique Cardoso, vejam como são as coisas.

Seguindo o mau exemplo do trêfego neoliberal FHC (“esqueçam tudo o que escrevi”), outros candidatos favoritos tentaram escapar dos debates, como estava acontecendo com Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), que tentaram evitar ao máximo a realização dos programas, mas estava pegando muito mal e acabaram tendo de aceitar, na chamada undécima hora.

Assim, logo mais teremos o primeiro enfretamento direto entre os candidatos. Além de Lula e Bolsonaro, foram convidados Felipe d’AviIa (Novo), Soraya Thronicke (União Brasil), Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT).

COMEÇA A ELEIÇÃO – Pode-se dizer, sem medo de errar, que uma nova eleição está começando hoje. Esqueçam todas as pesquisas de opinião, porque agora entramos numa nova realidade.

Como diz o cientista político Felipe D’Avila (Novo), “neste domingo, às 21h, veremos quem tem propostas sérias e comprometidas com a população e quem só vai apresentar mais do mesmo.”

E a senadora Soraya Thronicke (União) arrematou: “Debate é direito do cidadão e dever do candidato. Debater o Brasil é prioridade. É compromisso com a democracia”. Infelizmente, porém, nem todos pensam assim e há candidatos que só se preocupam com os próprios interesses.