O Partido Liberal, que abriga o atual presidente Jair Bolsonaro (PL), visa conquistar a presidência do Senado Federal e barrar a reeleição de Rodrigo Pacheco, do PSD de Minas Gerais.

O PL, presidido por Valdemar Costa Neto, também terá a maior bancada Senado Federal a partir do próximo ano. Nestas eleições, o PL conseguiu eleger oito senadores. A legenda já havia sinalizado preferência por cinco nomes que poderiam disputar com Pacheco. Entre eles: Carlos Portinho, Eduardo Gomes, Magno Malta, Rogério Marinho e Tereza Cristina. Sendo os três últimos eleitos no último pleito. As informações são do Metrópoles.

No entanto, os favoritos à corrida são Portinho e Marinho. Isso porque, parlamentares e aliados de Valdemar ouvidos pelo Metrópoles afirmaram que os perfis dos dois cotados são semelhantes: ambos são considerados “mais moderados” e com maior abertura para negociar com outros partidos e senadores.

Carlos Portinho, além de ser líder do PL na Casa, é também líder do governo atual no Senado. Portinho assumiu a vaga deixada pelo senador Arolde Oliveira (PL-RJ), do qual era suplente. Arolde morreu em outubro, após complicações causadas pela Covid-19. Eleito em 2018, seu mandato vai até 2027.

Também aliado de Bolsonaro, Rogério Marinho foi ministro do Desenvolvimento Regional entre 2020 e 2022. Entre 2019 e 2020 também atuou como secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia. Foi eleito no pleito realizado em 2 de outubro e terá mandato até 2030.

Oposição

Na última semana, Costa Neto reafirmou seu desejo de manter, no Congresso, uma oposição ao governo eleito. Além do Senado, a sigla também reúne a maior bancada na Câmara dos Deputados. Com isto, pretendem ser “oposição ferrenha” a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vencedor das eleições presidenciais, e seus aliados.

Em coletiva de imprensa, Valdemar informou que o partido apoiará a candidatura de Arthur Lira (PP-AL) à reeleição para presidente da Câmara dos Deputados: “Vamos apoiar o Arthur Lira, mas com a garantia de que ele nos ajude e trabalhe para eleger o nosso candidato do Senado. Nós queremos ter o presidente do Senado. Não é possível que o PL não tenha a presidência de uma das casas”, disse.

Para firmar a escolha, o postulante terá que passar pelo crivo dos diretórios do Partido Liberal. O escolhido terá como adversário na disputa o senador Rodrigo Pacheco, atual presidente e candidato à reeleição. Para isso, o senador mineiro espera contar com o apoio do governo eleito para ser reconduzido à presidência.

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