Estadão

O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta classificou a nova baixa na pasta, anunciada nesta sexta-feira, 15, como uma perda de tempo prejudicial ao País durante a pandemia de covid-19. “A única coisa que sei é que foi um mês perdido, jogado na lata do lixo”, disse ao Estadão. Seu sucessor, Nelson Teich, pediu demissão do cargo menos de um mês após assumir.

A exemplo de Mandetta, Teich deixou o governo após confrontos com o presidente Jair Bolsonaro sobre a melhor estratégia de combate à pandemia do novo coronavírus.

ESTÁ TUDO NO AR – Para o ex-ministro, que ocupou o cargo de janeiro do ano passado até abril deste ano, ainda não é possível fazer um prognóstico sobre como ficará o combate à doença, que matou quase 14 mil pessoas no País até agora. Quando Mandetta foi demitido, o número de óbitos era de 1.736.

“Não dá para falar nada. Não sei quem vai ser o novo ministro. O momento é de oração. Gostaria de dizer para você que estou rezando um terço agora”, afirmou. Mais cedo, logo após a notícia da demissão de Teich, Mandetta foi ao Twitter desejar “força” ao Sistema Único de Saúde (SUS).

CONSULTOR NA CAMPANHA – Teich, que é médico oncologista, participou como consultor da área de saúde da campanha de Bolsonaro e foi indicado ao cargo por associações médicas e pelo secretário de Comunicação, Fábio Wajngarten.

Na ocasião, o Palácio do Planalto procurava um nome para substituir o então ministro Luiz Henrique Mandetta, com quem Bolsonaro também divergia sobre a melhor estratégia no enfrentamento da pandemia.

Entre os principais pontos de conflito estão a defesa do isolamento social, considerado por especialistas e organizações de saúde do mundo todo como a forma mais eficaz de se evitar a propagação da covid-19. Enquanto os ministros-médicos recomendavam que as pessoas ficassem em casa, Bolsonaro deu diversas declarações defendendo a volta à normalidade.

PRESSÃO DE BOLSONARO – As demissões de Teich e de Mandetta também se deram após pressão de Bolsonaro para que a pasta alterasse protocolos envolvendo o uso de cloroquina em pacientes da covid-19. Atualmente, a recomendação do Ministério da Saúde – publicada ainda na gestão Mandetta – é a utilização apenas em casos graves e de internação.

Bolsonaro, porém, tem defendido a prescrição ampla da substância, cuja eficácia contra a doença não tem comprovação científica.

15
Maio

Caiu fora: Ministro da saúde pede demissão

Postado às 12:13 Hs

O ministro da Saúde,  deixou o cargo nesta sexta-feira (15), antes de completar um mês à frente da pasta. Em nota, a pasta informou que ele pediu demissão.
Teich tomou posse em 17 de abril. Essa é a segunda saída de um ministro da Saúde em meio à pandemia do coronavírus. Teich havia substituído Luiz Henrique Mandetta.
Assim como Mandetta, Teich também apresentou discordâncias com o presidente Jair Bolsonaro sobre as medidas para combate ao coronavírus.
Nos últimos dias, o presidente e Teich tiveram desentendimentos sobre: o uso da cloroquina no tratamento da covid-19 (doença causada pelo vírus). Bolsonaro quer alterar o protocolo do SUS e permitir a aplicação do remédio desde o início do tratamento. O decreto de Bolsonaro que ampliou as atividades essenciais no período da pandemia e incluiu salões de beleza, barbearia e academias de ginástica. Detalhes do plano com diretrizes para a saída do isolamento. O presidente defende uma flexibilização mais imediata e mais ampla.
Teich foi chamado para uma reunião no Palácio do Planalto nesta manhã. Ele esteve com Bolsonaro e depois voltou para o prédio do Ministério da Saúde. A demissão foi anunciada logo depois.

G1

Foto: Reprodução

Luiz Henrique Mandetta acaba de ser demitido oficialmente do Ministério da Saúde. Ele será substituído pelo oncologista e empresário Nelson Teich, que esteve com Jair Bolsonaro mais cedo no Palácio do Planalto.

Teich é formado na UERJ, com especialização em oncologia pelo Inca. Tem MBA em Gestão de Saúde pela Coppe e mestrado em Economia na Universidade de York. É fundador da Centro de Oncologia Integrado, adquirido pela UnitedHealth.

Hoje, é sócio da Teich Health Care, uma consultoria de serviços médicos.

Atuou como um dos consultores da campanha eleitoral de Bolsonaro para a área de saúde e foi cotado para o ministério na época da transição, com apoio de Paulo Guedes. Mas o presidente optou por Mandetta, que tinha o apoio de Onyx Lorenzoni e Ronaldo Caiado.

O novo ministro da Saúde conta com ainda com o apoio da Associação Médica Brasileira, do próprio Guedes e de Fabio Wanjgarten (Secom).

O Antagonista 

A demissão de  do Ministério da Saúde provocou panelaços nesta quinta-feira (16) em diferentes pontos do país. Em São Paulo, houve protestos na área central da cidade, nos bairros da Bela Vista, Consolação, Jardins e Santa Cecília. Em Pinheiros (zona oeste), moradores também fizeram panelaços.

Em Laranjeiras, bairro da zona sul do Rio de Janeiro, também houve manifestações contra a demissão. Mandetta foi demitido pelo presidente Jair Bolsonaro, após um longo processo de embate entre eles diante das ações de combate ao novo coronavírus.

O presidente convidou o oncologista Nelson Teich para assumir o lugar de Mandetta. Mandetta confirmou sua demissão por meio de sua conta no Twitter.

“Acabo de ouvir do presidente Jair Bolsonaro o aviso da minha demissão do Ministério da Saúde. Quero agradecer a oportunidade que me foi dada, de ser gerente do nosso SUS, de pôr de pé o projeto de melhoria da saúde dos brasileiros e de planejar o enfrentamento da pandemia do coronavírus, o grande desafio que o nosso sistema de saúde está por enfrentar”, escreveu.

“Agradeço a toda a equipe que esteve comigo no MS e desejo êxito ao meu sucessor no cargo de ministro da Saúde. Rogo a Deus e a Nossa Senhora Aparecida que abençoem muito o nosso país”, completou.

Folha de São Paulo

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