Por Talita Fernandes – Folha de S.Paulo

O presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, pediu demissão do cargo nesta terça-feira (28) ao presidente Michel Temer, justificando o calendário eleitoral. Filiado ao PSC, Rabello pretende disputar a Presidência da República pela legenda. “Penso em me engajar politicamente, sempre contando com seu consentimento e apoio”, escreveu em carta apresentada a Temer.

Pela legislação eleitoral, ocupantes de cargos do executivo que não estejam disputando reeleição devem se desincompatibilizar até 7 de abril. Na carta de duas páginas, Rabello faz diversos elogios ao governo e menciona a Ponte para o Futuro, programa com diretrizes econômicas lançado por Temer quando ainda ocupava a Vice-Presidência.

O Palácio do Planalto ainda não definiu quem ocupará a presidência do BNDES após 31 de março, quando o cargo ficará vago. Nos bastidores, o atual diretor de Planejamento do banco, Carlos da Costa, é um dos nomes que tem se colocado para o cargo. Ele é ex-estagiário de Rabello na consultoria RC Consultore e chegou ao banco com o apoio do atual presidente.

Outro postulante, que conta com o apoio do Ministério da Fazenda, é o do secretário de Acompanhamento Fiscal, Mansueto Almeida.

O presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, comunicou ao presidente Michel Temer que vai deixar o cargo para disputar a Presidência da República pelo PSC, segundo apurou o Estadão/Broadcast com integrantes da cúpula do partido. Ele deixará o posto até 7 de abril, prazo para que ministros e detentores de cargos públicos saiam do governo para disputar eleições.

À frente do banco que é a maior fonte de financiamento a investimentos no Brasil, Rabello de Castro tem usado a projeção do cargo para se tornar mais conhecido da população. Costuma dizer a interlocutores que foi obra do destino ele ter sido colocado no posto a pouco tempo das eleições e num momento em que o BNDES estancou o processo de redução nos desembolsos. Com carreira no mercado financeiro, ele tem apenas 1% das intenções de voto, segundo pesquisa do Datafolha.

A estratégia, no entanto, tem causado desconforto nos corredores do banco, conforme apurou a reportagem. Já houve reuniões de diretoria, pautadas por tomadas de decisão importantes para a instituição financeira, em que o presidente não apareceu. Por outro lado, Rabello de Castro tem participado de agendas em diversos Estados, como Ceará e Piauí, e conta com assessoria externa para estruturar sua campanha.

Agência Estado.

O presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, é um dos alvos da operação da Polícia Federal sobre prejuízos sofridos pelo fundo de pensão dos Correios, o Postalis. Ele foi alvo de condução coercitiva para depor.

Rabello de Castro é dono da agência de classificação de risco SR Rating, da qual se afastou após assumir o cargo atual. A empresa foi contratada pelo Postalis para fazer avaliação econômica e financeira de negócios agora considerados suspeitos.

Ele foi signatário de relatórios que embasaram decisões de investimentos, segundo investigadores.

A PF investiga operações financeiras realizadas pelo Postalis. Há suspeita, segundo a PF, de que uma organização criminosa estaria desviando recursos do fundo.

Folha de São Paulo.

O presidente do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), Paulo Rabello de Castro, foi o filiado ao PSC que teve maior destaque no programa do partido exibido na TV na noite desta terça-feira (21). Pré-candidato da sigla à Presidência, ele foi identificado no vídeo como economista e defendeu a diminuição de impostos e de juros e a ampliação do crédito, ideias repetidas ao longo do vídeo.

Numa cena em que apareceu diante de jovens, como em uma aula, Castro criticou a carga tributária no país. “Precisamos cobrar os impostos certos, que são poucos.” Ele disse ainda que é preciso “olhar para a população” e priorizar as “grandes necessidades em saúde, segurança e educação básica”. Castro assumiu a presidência do BNDES em junho deste ano.

Em 2014, o candidato da sigla foi Pastor Everaldo, que ficou em quinto lugar. O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), também pré-candidato a presidente em 2018, deve deixar o partido rumo ao Patriota (antigo PEN), segundo a Folha de São Paulo.

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