O varejo brasileiro deve ter o melhor fim de ano desde 2007. É o que mostra o IAV– (Índice Antecedente de Vendas), pesquisa realizada com as 35 empresas associadas ao IDV (Instituto para o Desenvolvimento do Varejo). De acordo com os varejistas consultados, a expectativa é que as vendas avancem a taxas de dois dígitos em relação ao mesmo período do ano passado, sendo 11,8% em novembro e 11,1% em dezembro.

Ao se comparar as vendas do quarto trimestre com o mesmo período do ano passado, também conclui-se que este será o melhor fim de ano para o setor, pois o crescimento deve ser de 11,1% no último trimestre, indicando nova aceleração no ritmo de expansão das vendas, que cresceram 6,2% no terceiro trimestre e 5,2% no segundo trimestre.

Entre os diversos setores do varejo, o segmento mais ligado a bens duráveis, como móveis, eletrodomésticos e materiais de construção, é o que espera as maiores taxas de crescimento para os próximos meses, sendo 16,5% em novembro e 16,7% em dezembro. Estes números são sustentados pela percepção de que os consumidores estão confiantes nas suas condições econômicas, como indica o Índice de Confiança do Consumidor medido mensalmente pela Fundação Getúlio Vargas.

Os segmentos ligados a bens não-duráveis, como super e hipermercados, farmácias, perfumarias e alimentação fora do lar também mostram otimismo. O conjunto desses segmentos deve ter crescimento das vendas em torno de 10% ao final do ano (11,2% em novembro e 9,1% em dezembro). O crescimento da renda, proporcionado pelo mercado de trabalho, que apresenta a menor taxa mensal de desemprego já medida pelo IBGE (6,2% em setembro) e o maior número de empregos formais (acima de dois milhões segundo o CAGED – Cadastro Geral de Empregos e Desempregos) tem permitido às famílias elevarem sua cesta de consumo de bens mais essenciais e de menor valor, como é o caso de alimentação e medicamentos.