A revista britânica The Economist desta semana levanta incertezas em relação à cidade-sede das Olimpíadas de 2016 em uma reportagem cujo título é: “Esperando o melhor, preparando para o pior”. “Será que o Rio está pronto para sediar as Olimpíadas de 2016?”, pergunta a revista. A reportagem aponta vários problemas, começando pela habitação desordenada e pelos elevados índices de criminalidade na cidade.

Promessas feitas e obras não cumpridas também são alvo de críticas. Como exemplo, a The Economist cita os Jogos Pan-americanos de 2007. “A construção de novas estradas e de linhas de metrô e trem, como haviam planejado, nunca se materializou. Nem a Baía de Guanabara foi limpa, como prometido”, afirma a revista.

Sobre o transporte aéreo, a revista cita que “é uma preocupação séria no Brasil. Os aeroportos do Rio já estão operando acima da capacidade. O mercado brasileiro de voo deve crescer cerca de 10% ao ano”, destaca a reportagem. O diretor da International Air Transport Association, Giovanni Bisignani, classifica a infraestrutura de transporte aéreo do Brasil “um desastre crescente”. Ele alerta que, “se o Brasil  quiser evitar uma vergonha nacional,  vai precisar melhorar os aeroportos imediatamente”.

Apesar das críticas, a The Economist elogia o trabalho das Unidades de Polícias Pacificadoras (UPPs), classificando-as de “o sucesso da cidade”. Diante dos desafios e da esperança da sociedade carioca em ver soluções para os problemas que afligem a cidade há décadas, a revista finaliza: “talvez os Jogos Olímpicos vão deixar um legado ao Rio. Vale a pena ter, afinal”.