As lacunas da educação do Rio Grande do Norte continuam sendo alvo de questionamentos aos gestores públicos do Estado. Na manhã desta quarta-feira (9), a secretária estadual de Educação, Betania Leite contou em entrevista ao Jornal 96, da 96 FM que o déficit de professores no Rio Grande do Norte é de mais de 3 mil, falou sobre a falta do Plano Estadual de Educação, fechamento de escolas e merenda escolar.

“No quadro de professores do Estado estão faltando mais de 3 mil professores. Convocamos 1.032 nos pólos de Natal e Mossoró, mas muitos estagiários vem assumindo a função de professores o que se torna o quadro de temporário para permanente, pela ausência de previsão do sistema”, argumenta a secretária.
O déficit da falta de professores no Estado é um dos problemas listados pela secretária e educadora, que citou ainda a falta de professores nas disciplinas especificas como química, ciência, biologia, matemática como outro problema. “Futuramente, vamos precisar de professores de Espanhol, Filosofia e Sociologia, que cuidem da formação do aluno, do cidadão. Este sistema precisa ser discutido, remodelado para o novo tempo”, justifica.

Para Betania Leite ela, a solução para os problemas na educação passam por uma política de formação e valorização dos professores. “O problema é que não temos uma carreira atrativa, para manter a permanência do professor na carreira com dignificação do trabalho do professor. Não é possível continuar com um magistério mal pago, sem atrair as grandes cabeças porque a formação do ser humano exige muito conhecimento. É a escola que forma, a família tem que ajudar e não podemos mais esperar”, explica a educadora.
Durante a entrevista, a secretária contou que o piso salarial pago no Rio Grande do Norte tem média de R$ 1.030 e no Brasil, é de R$ 1.065, mas que a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) deverá ter “um olhar muito atento para a valorização do professor”.