As vendas pela internet atingiram R$ 14,8 bilhões em 2010, alta de 40% em relação aos R$ 10,6 bilhões faturados em 2009. Os números são da 23ª edição do relatório WebShoppers, realizado pela e-Bit, empresa de pesquisas online, e mostram, pela primeira vez, uma mudança no ranking dos produtos mais vendidos pelo comércio virtual.

Os eletrodomésticos, com 14% das preferências, passaram a liderar a lista dos produtos mais comprados pelos internautas, seguidos de assinaturas de jornais e revistas (12%), saúde, beleza e medicamentos (12%), informática (11%) e eletrônicos (7%).

Segundo o diretor-geral da e-Bit, Pedro Guasti, o resultado ficou acima do esperado e pode ser explicado pela Copa do Mundo de 2010, que puxou as vendas de televisores, em especial dos aparelhos de tela fina e de cristal líquido (LCD). Também contribuiu para a alta a consolidação de grandes empresas de varejo (caso do Carrefour, Casas Bahia e Pão de Açúcar), que passaram a investir pesado em seus sites de comércio eletrônico. “Além de uma maior aceitação do comércio eletrônico pelos consumidores, percebemos que eles não estão só comprando mais, mas também adquirindo produtos de maior valor agregado como notebooks e televisores de tecnologia avançada”, explica o executivo da e-Bit.

Para este ano, as previsões são de um crescimento nas vendas em torno de 30%, com o faturamento atingindo a casa de R$ 20 bilhões. Somente no primeiro semestre de 2011, a expectativa é de faturar R$ 8,8 bilhões, faturamento que, ser for alcançado, vai superar o valor atingido em todo o ano de 2008. Em termos de novos consumidores, as estimativas são de agregar nos primeiros seis meses do ano 4 milhões, chegando a um total de 27 milhões de compradores online. As categorias de produtos que devem ganhar espaço em 2011, segundo Guasti, são moda e acessórios e artigos esprotivos. Esta última categoria, puxada pela Copa do Mundo de 2014 e pelos jogos Olímpicos de 2016.

A empresa também avaliou, por meio de uma pesquisa com 4,5 mil consumidores virtuais, o fenômeno das compras coletivas que invadiram a internet em 2010. Segundo o levantamento, 61% dos que responderam a pesquisa disseram conhecer o conceito de compras coletivas, e metade afirmou já ter experimentado um dos mais de mil endereços exitentes hoje na internet brasileira. Desses que já compraram cupom de desconto, 82% pretende continuar comprando pelo novo sistema. “Isso mostra que as pessoas gostaram e que vão continuar consumindo em grupo”, disse Guasti.

Fonte: Diário de Pernambuco