O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, disse nesta terça-feira (29) que o governo se mantém em “estado de alerta máximo” por causa dos problemas ocasionados pelas explosões e vazamentos radioativos na usina de Fukushima Daiichi. Os acidentes aconteceram depois de um terremoto, seguido por um tsunami no último dia 11, ter devastado boa parte do norte do país.

Na última segunda-feira,foi descoberto plutônio em alta quantidade no solo da usina, que chegou a contaminar a água no local também. Embora não apresente risco à saúde, o plutônio encontrado levantou novamente o temor entre os japoneses e no próprio governo.

“[O governo] vai atacar esse problema num estado de alerta máximo”, disse Kan. O primeiro-ministro afirmou ainda que a situação na usina é “imprevisível”, pois ainda há um esforço grande para manter o sistema de esfriamento dos reatores. A situação em Fukushima Daiichi se agravou na última semana, quando o governo realizou diversas tentativas falhadas para tentar resfriar os reatores, que estão superaquecendo e ameaçam explodir.

O primeiro-ministro compareceu ao Congresso japonês no momento em que os parlamentares aprovavam o orçamento de US$ 1 trilhão para o ano fiscal de 2011. Segundo Kan, a maior parte desses recursos deve ser destinada à reconstrução do Japão a à ajuda às vítimas, que já passam dos 11 mil. Ele disse também que o governo pretende apresentar um projeto complementar de orçamento para 2011 ainda em abril.

Naoto Kan sugeriu ainda rever a previsão de redução de impostos e ações. Ele indicou que o governo pode adiar o prazo (até então, junho) para promover as reformas nos sistemas de Previdência Social e impostos. Por enquanto, o governo prefere focar seus esforços para lidar com a crise nuclear no país.

Fonte : Época