A presidente Dilma Roussef e o presidente chinês, Hu Jintao, se reuniram nesta terça-feira em Pequim para a assinatura de cerca de 20 acordos de cooperação nas áreas de tecnologia, agricultura, esporte, educação e comércio.

Com a assinatura dos atos, foi criado o Centro Brasil-China de Pesquisa e Inovação em Nanotecnologia. Outro acordo se refere ao setor de defesa e estabelece intercâmbio de experiências em áreas como operações militares, tecnologia de defesa e instrução e treinamento militar.

Há parcerias firmadas que abrangem o desenvolvimento da produção do bambu e a gestão de recursos hídricos, como controle de enchentes e combate à seca.

Mais cedo, a presidente participou de um seminário de negócios com quase 300 empresas brasileiras e chinesas.

Dilma afirmou que o Brasil deseja abrir um novo capítulo em seus crescentes vínculos comerciais com a China e “dar um salto de qualidade”. Segundo ela, o Brasil não quer ser apenas parceiro comercial da China.

Cooperação militar
O acordo estabelece “intercâmbio de experiências em operações militares”, incluindo as operações de manutenção da paz das Nações Unidas, instrução e treinamento militar e exercícios militares conjuntos, assim como o intercâmbio de informações relacionadas a esses assuntos, troca de conhecimentos na área de tecnologia de defesa, cooperação em serviços de defesa, além de compartilhamento de informações referentes a medicina militar, assistência humanitária e segurança em eventos importantes. Segundo o texto do acordo, poderá haver intercâmbio de instrutores e alunos de instituições militares e visitas mútuas de navios e aeronaves militares.

Bambu e desenvolvimento sustentável

Outra parceria entre os dois países se refere à inovação na cadeia produtiva do bambu, visando o desenvolvimento sustentável. O foco são setores como produção de mudas e brotos, tratamento, preservação, construção, arquitetura, design e decoração. Estão previstas atividades como missões de especialistas brasileiros para a China, seminários e workshops e intercâmbio de cientistas e técnicos.

Fonte: G1