O Conselho de Ministros da Grécia aprovou neste domingo um corte de 30 mil funcionários públicos, que serão colocados em situação de espera de ser demitidos ou recontratados, com o objetivo de economizar 300 milhões de euros até fins de 2012. Um porta-voz do governo grego disse que essa decisão é resultado de longas e difíceis negociações com a “troika”, formada pela Comissão Europeia (CE), FMI e o Banco Central Europeu (BCE), que insistiu para que esse estado de espera preceda demissões e não seja um passo a uma aposentadoria adiantada.

A Grécia continua esperando que inspetores das três instituições (FMI, CE e BCE) elaborem um relatório sobre os esforços que o país está fazendo para cortar seu déficit, que fechou em 10,5% do PIB em 2010. A União Europeia e o FMI dependem da conclusão desse documento para entregar à Grécia antes do fim de outubro o sexto lance, de 8 bilhões de euros, do primeiro resgate de 110 bilhões de euros concedidos ao país em maio de 2010.

Os parceiros europeus esperam que a Grécia faça os cortes necessários para alcançar as metas estabelecidas e estudam um segundo resgate no valor de 160 bilhões de euros, com a participação de bancos privados, conforme acordo feito em 21 de julho. Para tornar a situação no país ainda mais confusa, os principais sindicatos de trabalhadores da Grécia convocaram uma greve geral de 24 horas na próxima quarta-feira para protestar contra as demissões, os cortes de gastos e o aumento de impostos.

Fonte: Agência EFE