A repercussão negativa sobre as novas denúncias contra o ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT), acaba fragilizando ainda mais as forças do pedetista, o que pode diminuir as chances da presidente Dilma Roussef (PT) de  mantê-lo na pasta. Apesar do presidente nacional do PDT, André Figueiredo, ter afirmado que se o ministro for demitido o partido deixará o Governo, há rumores de que o substituto de Lupi seja o deputado federal pernambucano, Wolney Queiroz (PDT), filho do prefeito de Caruaru José Queiroz (PDT). Diante disso, há quem aposte que a substituição será plausível e há quem acredite que essa história não passa de um momento oportuno para o deputado “querer aparecer”.

De acordo com uma fonte do Congresso Nacional, que preferiu não se identificar, “a chance de Wolney Queiroz ser o novo responsável pelo Ministério do Trabalho é “zero”. “Faltam menos de 40 dias para o fim de 2011. Sabemos que a presidente Dilma não quer continuar com o ministro depois de todos esses escândalos. Acredito que ela vai deixar Lupi sangrando até janeiro de 2012 e esse fato servirá, inclusive, para a antecipação do processo de reforma política pensado para ser posto em prática em fevereiro”, afirmou a fonte.

Ainda de acordo com a fonte, dificilmente, a presidente continuará com um pedetista à frente da pasta, já que o “PDT é o mais infiel dos partidos aliados”. “Trata-se de um partido pequeno e que está rachado e não caminha em sintonia com os interesses do Governo”, alfinetou. Já para o deputado estadual pelo PTB, José Humberto, se o indicado para substituir Lupi for Wolney Queiroz, “irei aplaudir porque só quem sai ganhando é Pernambuco”, declarou.

O deputado estadual Daniel Coelho (PSDB), compartilha da mesma opinião que Humberto. “A hipótese de ter mais um pernambucano como ministro, com certeza, terá o apoio de todos os partidos. O deputado federal Bruno Araújo (PSDB), disse que o ministro demonstrou com suas declarações semana passada um total despreparo para o cargo.

O parlamentar é um dos defensores da saída de Lupi. “Fica muito claro que essa relação do Ministério do Trabalho com as ONGs é uma extensão análoga a toda relação que o ministro Orlando Silva desenvolvia com as ONGs. Se foi politicamente insustentável manter Orlando no Governo, não há razão para que a presidente não dispense o mesmo tratamento a Carlos Lupi”, enfatizou. “Não adianta pedir apuração e suspender convênios sem fazer o principal, que é retirar os ministros (envolvidos em corrupção). No mínimo a presidente aproveita para se ver livre da herança de Lula”, disparou o tucano.

Informações do blog de Elba Galindo.