O ministro das Cidades, Mário Negromonte (PP) que anunciou a aliados a intenção de pedir demissão do cargo hoje, descumpriu ordem do Palácio do Planalto e privilegiou aliados na alocação de verbas da pasta, informa reportagem de Leandro Colon, Catia Seabra e Maria Clara Cabral, publicada na Folha desta quinta-feira.

Contrariando planilha do governo, o ministro reservou em 2011 valores a mais para obras incluídas no Orçamento da União por deputados da ala do PP que o apoia.

A situação de Negromonte agravou-se na semana passada após a Folha revelar a participação dele e do secretário-executivo, Roberto Muniz, em reuniões privadas com um empresário e um lobista interessados num projeto do ministério.

O episódio culminou com a demissão do chefe de gabinete do ministro, Cássio Peixoto, na quarta-feira. Muniz também deve sair.O líder do partido na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PB), é o favorito para assumir o cargo. A faxina continua, com exceção apenas de Nelson Jobim que saiu sem está envolvido em nenhum escândalo, os demais já vão tarde.