Discursando ao lado dos presidentes da Colômbia, Juan Manuel Santos, e dos Estados Unidos, Barack Obama, durante um evento empresarial da Cúpula das Américas, Dilma Rousseff voltou a criticar as estratégias dos países ricos para enfrentar a crise econômica mundial.

Segundo a presidente brasileira, as “políticas expansionistas” adotadas pela Europa e pelos Estados Unidos, com impressão de moeda e sucessivos empréstimos para estimular o crédito, prejudicam os países emergentes.

Isso porque, de acordo com Dilma, parte do dinheiro injetado nas economias destes países acaba nos emergentes, onde os juros elevados atraem investimentos de curto prazo, provocando como efeito colateral a valorização das moedas locais.

A valorização das moedas, por sua vez, prejudica a indústria local, ao tornar os produtos do país mais caros no mercado internacional e o baratear as importações. “É obvio que temos de tomar medidas para nos defender”, disse a presidente.

No entanto, ela afirmou que o governo brasileiro não está assumindo uma postura protecionista.

“Defender é diferente de proteger. A defesa significa que nós vamos ter de perceber que não podemos deixar que nossos setores manufatureiros sejam canibalizados. E achamos que seria muito virtuoso por parte dos países superavitários se eles pudessem usar, além de políticas monetárias, políticas de expansão do investimento.”