Dilma Rousseff concentra-se no ataque aos bancos, mas poderia ajudar a baixar juros

A presidente da República, Dilma Rousseff, voltou a atacar as elevadas taxas de juros cobradas pelos bancos nacionais em seu discurso do Dia do Trabalho, em cadeia de rádio e televisão. Ela reforçou o argumento de que a economia brasileira só será “plenamente competitiva” quando as alíquotas ao produtor e ao consumidor se “igualarem às taxas praticadas no mercado internacional”. Juros mais módicos são uma antiga demanda do setor privado e atender esse pleito representa, de fato, elemento crucial para impulsionar o crescimento do país. Contudo, a presidente parece ter adotado a estratégia “Cristina Kirchner” de escolher um bode expiatório para mitigar as mazelas do governo. Por esta estratégia, ainda que algum resultado prático possa ser atingido, esconde-se uma lista de reformas que o Planalto tem obrigação de adotar – e que não o faz por um misto de comodismo e inoperância.(Veja)