Tudo novo de novo? Se depender de alguns senadores, confusão em torno do acordo está longe do fim

Em dezembro deste ano, será decretado, definitivamente, o fim do trema. Nenhum qüiproquó, por mais generalizado que seja, será mais aceito com os dois pontos em cima da letra u. Nenhuma idéia, por mais esdrúxula que seja, terá acento agudo na letra e. Vôo e enjôo deixam para trás, de uma vez por todas, seus acentos circunflexos. E o alfabeto passará a ter 26 letras, ao incorporar as letras “k”, “w” e “y”.

As regras não são novas. Estão em vigor desde janeiro de 2009, quando o Brasil e todos os países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) – Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor Leste – assinaram o acordo ortográfico. Os brasileiros tiveram quatro anos para se adequar às novas regras. Durante esse período, tanto a grafia anterior como a nova foram aceitas oficialmente. Mas a partir de 1º de janeiro de 2013, as regras antigas deixam de ter validade e passa a vigorar, então, a nova ortografia da Língua Portuguesa – cujas normas foram organizadas pela Academia Brasileira de Letras (ABL) na quinta edição do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP).