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Na última quarta-feira (30), durante a sessão da CPI de Cachoeira, uma calcinha foi encontrada no plenário da Câmara. O ocorrido chamou a atenção não só por ser inusitado, mas também porque, de acordo com alguns parlamentares maldosos, na peça sensual poderiam caber dois senadores ou um deputado e meio – estes são mais espaçosos.

Nas cores vermelha e branca, a calcinha foi logo atribuída à membros da base aliada. A peça estava usada e possivelmente estava guardada num bolso de paletó, destilando seu odor para alimentar o fetiche e manter acordado algum deputado ou senador que estivesse mais entediado com as sessões da Comissão Parlamentar de Inquérito.

A peça caiu do bolso de um parlamentar – não se revela qual – justo na hora da votação. A 1ª vice-presidente da Câmara, Rose de Freitas (PMDB-ES), até tentou proibir que se falasse sobre a tanguinha no plenário, “para manter a seriedade”, teria dito. Não obstante o pedido da dama, os homens presentes na sala avançaram na peça – houve até quem fosse para o “tira-teima”, cheirando a calcinha para confirmar o uso.

Um dos parlamentares, surpreso, parece não acreditar que alguém poderia estar andando com a peça íntima. “O suspeito não iria andar com uma calcinha fedorenta no bolso”, justifica. Até o presidente da Câmara, deputado Marcos Maia (PT-RS), exibia uma cara de decepção ao constatar o tamanho da tanga. “É uma calcinha maior, mais expansiva”, lamentou.

Só no imaginário – A Polícia Legislativa, que protege os parlamentares de maiores constrangimentos, capturaram a calcinha e guardaram num envelope pardo. Em seguida, para dificultar a descoberta de quem seria o “Wando do Congresso”, a Polícia Legislativa incinerou a peça – ou pelo menos foi o que divulgou. A tanguinha nem-tanto-sensual desaparece do plano físico, mas permanece no imaginário masculino nos corredores do Congresso.