Quase metade dos 22,3 milhões de brasileiros que não têm acesso a qualquer tipo de telefone, seja fixo ou celular, vive na região Nordeste do país, segundo o Censo realizado em 2010, pelo IBGE.

São 11,54 milhões de pessoas, que representam 11,7% da população do Brasil. Especialistas apontam que, de um lado, falta infraestrutura nas áreas mais remotas, onde os investimentos das empresas de telefonia não são suficientes e a carga tributária continua alta. Isso é uma realidade em nossa região, principalmente em pequenos municipios do Oeste e mesmo na Zona Rural em locais mais afastados, onde ainda não dispõe de telefonia celular à disposição.

Do outro, a renda baixa das famílias colocaria esses consumidores no fim da fila de prioridades das operadoras. O quadro pode ser revertido a partir das novas regras para a telefonia social, que passam a vigorar na próxima sexta-feira (08), quando as famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico) poderão solicitar a inclusão no Acesso Individual Classe Especial (Aice).

Pelo programa, o preço da assinatura básica mensal, já com impostos, é R$ 13,30, com uma franquia de 90 minutos para ligações fixas locais