A reeleição do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, representa também uma vitória para os mercados. Especialistas ouvidos pelo site de VEJA preferem a continuidade representada pelo democrata em detrimento das promessas de crescimento a curto prazo aventadas pelo candidato republicano Mitt Romney. Na avaliação dos analistas, Obama possui uma visão mais consistente dos problemas estruturais do país, como a perda de competividade e, principalmente, o chamado abismo fiscal (elevado déficit público) – que, segundo fontes da Casa Branca, terá encaminhamento urgente nos próximos dias.

Apesar do risco de que as dificuldades em propiciar uma forte retomada do crescimento econômico lhe tirassem a vitória, Obama parece ter convencido os eleitores de que é uma opção menos arriscada. Nos últimos anos, ele tomou medidas importantes para melhorar a economia, que, ao menos, ajudaram a tirar o país de uma profunda recessão. O mercado não só louva essa sensação de segurança, como aponta outros méritos. Para os analistas, é preferível a proposta do democrata de tentar resolver os graves problemas estruturais do país, ainda que num ambiente de menor expansão do PIB, que as soluções apontadas por Romney de buscar o crescimento custe o que custar, relegando às reformas um papel mais secundário.(Veja)