Uma temporada de Fórmula 1 para ficar na história. Após sete vencedores diferentes nas sete primeiras corridas, sendo seis equipes diferentes, a definição do título ficou para o imprevisível circuito de Interlagos, neste domingo, a última das 20 etapas da F-1.

Em São Paulo, Sebastian Vettel começou a corrida com 13 pontos de vantagem para o rival Fernando Alonso. O título “mudou” de mãos algumas vezes e, no fim, deu Red Bull! Com a sexta colocação, Vettel fez o suficiente para ser o tricampeão mais jovem da história da categoria.

O vencedor, que ficou em segundo plano por conta da luta pelo título, foi Jenso Button, da McLaren. A equipe dominou todas as sessões de treino (três delas com Lewis Hamilton e uma com o vencedor em Interlagos) e sobrou na corrida. Hamilton e Button se alternaram na liderança e ainda Hulkenberger tentou ser o intruso, mas a liderança da Force India acabou provisória.

Alonso queria um “caos” neste domingo. Em sétimo no grid, precisaria mesmo de um milagre. A expectativa era de chuva forte. Ela não veio com a intesidade esperada. Algumas equipes esperavam que ela não viria. Ela veio. Fraca e intermitente.

Um caos, propriamente, não foi. Mas drama não faltou em Interlagos…

Sebastian Vettel largou em quarto e precisava apenas chegar nessa posição para ser campeão do mundo. Mas largou mal e caiu de posição. As coisas ficaram piores na curva do lago, quando o alemão foi tocado por Bruno Senna, rodou e caiu para a última colocação. Pior para o brasileiro, que saiu da pista e se despediu da Williams antes do fim da primeira volta… No rádio, a Red Bull avisou: “calma, é uma longa corrida”.

Alonso “aproveitou” e ficou em terceiro, posição que lhe daria o título. Isso com a ajuda de Felipe Massa, que “segurou” os rivais e permitiu a ultrapassagem do espanhol.

Mas a alegria do Alonso durou apenas cinco voltas. Isso graças ao show de Vettel na parte de trás do grid. Ultrapassagem sobre ultrapassagem, mesmo com um escapamento amassado por conta da batida. O alemão ainda parou nos boxes e voltou no mesmo ritmo.

Com 8 voltas para a final, a matemática era essa: Alonso em segundo, precisaria de um oitavo lugar de Vettel para ser campeão. O alemão estava no limite, na sétima.

A tensão aumentou em Interlagos. Os italianos, torcedores fanáticos da Ferrari, fizeram contas e mais contas. A chuva e as dificuldades também aumentaram. Vettel ultrapassou Schumacher e subiu para sexto.

Para a Ferrari, restava torcer para um erro do líder Jenson Button, que daria a vitória a Alonso. Se isso acontecesse, Vettel precisaria de um quarto lugar, que parecia inviável faltando cinco voltas para o final.

E o título acabou decidido de vez faltando duas voltas, quando Paul Di Resta bateu e o Safety Car entrou na pista. A corrida acabou atrás do carro madrinha.

A festa da Red Bull, que antes mesmo da corrida já vendia camisas em alusão ao terceiro título de Vettel, não tem hora para acabar!

Fonte: Lancenet