Prioridade do PT é reeleição de Dilma em 2014

 

O PT está pronto para intervir nos Estados, caso as alianças a serem fechadas com vistas a 2014, não atendam aos interesses de reeleição da presidente Dilma Rousseff , prioridade já definida pelo diretório nacional. O partido vem analisando caso a caso e traçando estratégias para driblar conflitos. Mas, de antemão, já prevê que enfrentará dificuldades, principalmente no Rio de Janeiro, em Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Sul.

“A orientação é de que todas as decisões de disputa nos Estados terão que ser fechadas na esfera nacional. Vamos acompanhar as decisões Estado por Estado. Se precisar, o diretório nacional vai intervir”, informou o secretário de Comunicação do partido, Paulo Frateschi.

Ainda não há pesquisas formais de popularidade, mas o PT considera que a avaliação da presidente é positiva. Outro ponto positivo identificado pelo partido em análises internas é que a proximidade de Dilma com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é bem vista pela população. No programa do partido, que vai ao ar no dia 9 de maio sob a batuta do publicitário João Santana, Lula e Dilma serão as estrelas.

O grande nó das conversas está no Rio de Janeiro. O partido terá que resolver o conflito gerado pela já colocada candidatura do senador Lindbergh Farias (PT) ao governo do Estado. Embora o senador insista em não retirar seu nome da disputa, ainda não há uma posição tão firme por parte do PT nacional, de Dilma e de Lula que, de fato, têm dado as cartas na condução do processo eleitoral.

Dilma, hoje, e Geisel, nos anos 1970.

A receita econômica do PT tem semelhanças com a que foi usada na época da ditadura No Brasil, nem a sociedade nem as elites que tomam as decisões têm convicção de que os mercados precisam de liberdade para funcionar bem. A adoção de políticas favoráveis a essa liberalização vem e vai em ciclos. Normalmente, um ciclo desses começa por causa de um cenário externo, que nos joga em direção à liberalização. No entanto, choques também externos que atinjam a economia servem de pretexto para que o penoso processo seja abandonado. A elite dirigente se volta, então, ao remédio de sempre: o Estado. Que fique claro, não o Estado em sua função fundamental de tributar a sociedade e, em troca, oferecer serviços de seguro social, que protejam o cidadão das oscilações e riscos naturais de uma economia de mercado. Não o Estado que exerça seu saudável papel de reduzir as desigualdades herdadas do passado e as construídas pelo funcionamento do mercado. O Estado que se busca como remédio teria a capacidade de promover o desenvolvimento. Teria a capacidade de vislumbrar, por algum critério, quais setores produtivos são prioritários e dirigiria a eles os esforços públicos e privados.

Informações: Época e G1