A despeito de estarem disputando quem vai enfrentar a presidente Dilma no segundo turno, os candidatos da oposição, Aécio Neves (PSDB), Marina Silva (Rede) e Eduardo Campos (PSB) fizeram um pacto de não agressão, informa hoje Ilimar Franco, na sua coluna do GLOBO.

Ainda em torno do governador pernambucano e sua candidatura presidencial, Luciana Lima diz no blog Poder Online que as movimentações de Eduardo Campos para viabilizar seu nome para a Presidência da República deverão ser retomadas em agosto. Lembra ela que desde a eclosão da onda de protestos que atingiu o país, Eduardo optou por uma postura mais discreta, até porque queria evitar ao máximo virar alvo dos manifestantes em Pernambuco.

”Deixa o Papa Francisco andar por aí nesta semana e dominar os noticiários. Depois a gente retoma”, disse o líder do PSB na Câmara, deputado Beto Albuquerque (RS), um dos principais articuladores da candidatura de Eduardo.

Uma bolha :

Ao avaliar, ontem, o desempenho de Marina Silva nas recentes pesquisas divulgadas, nas quais aparece em segundo lugar, o marqueteiro Marcelo Teixeira, da Makplan, previu que a tendência de crescimento da ex-senadora não se sustenta.

Em sua opinião, a eleição presidencial de 2014 será bem diferente da de 2010, quando foi dado um voto de confiança não a Dilma, mas a Lula, o que na prática se traduziu numa aventura pelo fato dela ser desconhecida, vendida não como politica tradicional, mas como gestora.

Se a presidente não se recuperar, dificilmente o eleitor, na visão do marqueteiro, volte a apostar em aventuras. Irá querer, segundo ele, preferir algo mais concreto, com resultados no campo administrativo.

Neste particular, o eleitorado de Marina, que não é de direita, tende a se transferir para um candidato de esquerda. Assim, o nome da oposição que mais teria condições de atrair esse eleitorado seria o governador Eduardo Campos.

“O desapontamento com Dilma também afeta Marina, que seria outro tiro no escuro”, diz Teixeira, para quem Aécio Neves e José Serra, que devem entrar também na disputa, não “ roubariam” esse voto migrado de Marina pelos seus perfis de direita.

Marcelo Teixeira ressalta que Marina aparece, hoje, bem nas pesquisas também pelo seu recall, a lembrança forte do eleitorado ao seu nome por ter disputado as eleições passadas. “Mas, ela é uma bolha, tem muita fragilidades e não se sustenta”, adverte. (Agências)