Plásticos usados, que levariam 100 anos para se decompor e serem absorvidos pela natureza, são o combustível para um negócio de sucesso na capital potiguar. A  A&D Embalagens utiliza o material reciclado para produzir sacos plásticos. Em quatro anos de funcionamento, a indústria vem registrando crescimento anual de até 40% e já planeja uma expansão para o segundo semestre do ano que deve triplicar a produção mensal. Por mês, são comercializados aproximadamente 1,2 milhão de sacos, que abastecem o mercado potiguar. A empresa é uma das atendidas pelo programa Agentes Locais de Inovação (ALI), desenvolvido pelo Sebrae no Rio Grande do Norte . Tudo começou com o sonho das duas sócias, as administradoras Danielle Lyra e Ana Rabelo, que deixaram postos de trabalho no mercado formal, em 2009, e decidiram empreender ao abrir um negócio próprio. “Buscamos o Sebrae, fizemos uma pesquisa de mercado, obtivemos informações e percebemos que os temas sustentabilidade e reciclagem eram tendência. A partir daí, montamos a empresa”, conta a diretora comercial, Danielle Lyra.

A decisão foi certeira. A abertura da pequena indústria atraiu clientes interessados nos sacos reciclados, carteira que só ampliou nos quatro anos. Atualmente, a A&D Embalagens fornece material para cerca de 100 clientes fixos, entre hospitais, hotéis, distribuidoras e empresas prestadoras de serviços de limpeza. A cada mês, a empresa processa cerca de 20 toneladas de matéria prima, obtida de fornecedores que trabalham com associações de catadores. “Recebemos esse material e transformamos em sacos reciclados, que são distribuídos para todo o estado”.

A meta da A&D Embalagens é ampliar a área produtiva – hoje, 400 metros quadrados – com a aquisição da outra extrusora para assim triplicar a produção mensal. Expansão que vai requerer um investimento de cerca de R$ 800 mil, que está sendo financiado pelo Banco do Nordeste. Montante que também deve alavancar o crescimento comercial da indústria, com a entrada em outros mercados, sobretudo em estados nordestinos.