# Dissidente declarado

O senador Cristóvan Buarque abriu o jogo, esta semana. Apesar de seu partido, o PDT, apoiar a reeleição da presidente Dilma, ele votará em Marina Silva. Acredita que a candidata terá condições, se eleita, de iniciar profunda revisão na política educacional.

Nada que se resolva durante um mandato, pois a tarefa é para vinte ou trinta anos, mas importa começar.O ex-governador faz críticas à propaganda de muitos governantes de que estão estabelecendo o tempo integral nas escolas. Não adianta deixar os alunos depois do almoço passarem a tarde inteira jogando futebol num campinho improvisado. É necessária infraestrutura para o aproveitamento do tempo. (Carlos Chagas)

# Marina vê união inedita PSDB-PT contra sua candidatura

A candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, voltou a reclamar do que rotulou de ‘cruzada de preconceitos e boatos’ espalhados pelas campanhas de seus adversários e disse que seu desempenho eleitoral levou a algo inédito na história do país: a união entre PT e PSDB. ‘Nós estamos fazendo campanha com base em propostas, os nossos adversários é que têm que explicar por que por 20 anos se combateram a ferro e fogo e agora estão unidos, PT e PSDB, numa mesma artilharia para destruir quem tem programa, para destruir quem trata eles com respeito’, disparou Marina em entrevista a jornalistas, em São Bernardo do Campo. ‘É muito interessante isso que está acontecendo, pela primeira vez na história do país, PT e PSDB estão juntos numa mesma cruzada de preconceitos, boatos e difamações para conter o avanço da sociedade que quer transformação’, acrescentou.

# Sudeste é ameaça à reeleição de Dilma

O núcleo da campanha de Dilma Rousseff (PT) teme que o mau desempenho no Sudeste comprometa sua reeleição. Hoje Marina Silva (PSB) venceria na região por 57% a 43% dos votos válidos no segundo turno, uma vantagem de cerca de 7 milhões de votos. Para tentar reduzir o prejuízo, a presidente vai intensificar a presença nos três Estados mais populosos do país: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Somando o Espírito Santo, o Sudeste concentra 43% do eleitorado brasileiro. A informação é de Bernardo Mello Franco, na Folha de S.Paulo deste domingo. Com mais a seguinte avaliação: Nas simulações de primeiro turno do Datafolha, Dilma não consegue chegar aos 30% das intenções de voto no Sudeste desde abril, quando o candidato do PSB ainda era Eduardo Campos. Nas últimas três pesquisas, estacionou em 28%. Em 2010, a petista abriu uma frente de de 1,5 milhão de votos sobre José Serra (PSDB) na região Sudeste. Em válidos, o placar do segundo turno foi de 52% a 48% para a petista. A primeira eleição da presidente foi turbinada por uma vantagem de 11 milhões de votos no Nordeste, onde ela massacrou Serra por 71% a 29%. Agora sua diferença para Marina é mais modesta: 57% a 43%.