Por muito pouco a inflação não estourou o teto da meta em 2014. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 6,41% em 12 meses até dezembro, apenas 0,09 ponto porcentual menor do que o limite considerado ‘aceitável’ pelo governo. A meta oficial é de 4,5%, mas os limites da banda vão de 2,5% (mínimo) a 6,5% (máximo). De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa do ano passado é superior à vista em 2013, de 5,91%.

Apenas em dezembro, o IPCA subiu 0,78%, ficando acima da taxa de 0,51% registrada em novembro. Ela também foi a segunda maior taxa mensal do índice no ano passado todo, superada apenas pela inflação em março, que chegou a 0,92%.

 

O IPCA-15, considerado o índice prévio da inflação e divulgado há duas semanas, já havia sinalizado que o IPCA cheio poderia ficar bem próximo ao teto da meta, ainda que abaixo dele. O IPCA-15 acumulou alta de 6,46% em 12 meses até dezembro.

O mercado financeiro acredita que o Comitê de Política Econômica (Copom) do Banco Central vai elevar mais uma vez os juros já na primeira reunião do ano que acontece nos dias 20 e 21 de janeiro. Hoje a Selic está em 11,75%. O próprio presidente do BC, Alexandre Tombini, afirmou no fim do ano passado que a inflação acumulada em 12 meses tende a permanecer elevada no próximo ano e que o órgão trabalha para fazer com que ela retorne “o mais rápido possível à trajetória de convergência para a meta” até o final de 2016.