Ministros, deputados e senadores do PT já consideram não apenas possível mas provável que a presidente Dilma Rousseff seja afastada do governo num processo de impeachment ainda neste ano. O clima é de abatimento. Pelo monitoramento do PT, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), rejeitará pedidos de impedimento, inclusive o de Helio Bicudo. Deputados da Frente Pró-Impeachment, com 280 votos, recorreriam ao plenário e, com maioria simples, votariam pela admissibilidade do impeachment, primeiro passo para o afastamento de um presidente. A avaliação é de Mônica Bergamo, hoje na sua coluna da Folha de S.Paulo.

Um senador do PT – diz a colunista — observa que foi a partir da aprovação da admissibilidade do impeachment de Fernando Collor que “as pessoas começaram a acreditar e tomaram as ruas do país” para derrubá-lo do poder, em 1992. O mesmo poderia acontecer com Dilma Rousseff.“Nesse clima de pressão máxima, o impeachment seria então apreciado na Câmara. Como o voto é aberto, até mesmo parlamentares de oposição que são contra o afastamento se veriam forçados a votar a favor.”