Defensoria Pública atua em Júri Popular realizado por videoconferência.

 

O segundo Júri Popular realizado no Brasil por videoconferência contou com a participação da Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Norte (DPE-RN). Na última segunda-feira (18), durante a 17ª Sessão do Tribunal do Júri da Comarca de Boa Vista, em Roraima, o acusado Bruno Almeida da Silva, que está detido na penitenciária federal de Mossoró, foi julgado por uma tentativa de homicídio, cometida naquele estado.

O julgamento foi realizado no Tribunal do Júri do Fórum Criminal Ministro Evandro Lins e Silva, na capital de Roraima. Lá, estavam presentes o juiz, a promotoria, a Defensoria Pública daquele estado, representada pelo defensor Stélio Denner, e os jurados. Em Mossoró, na sala de videoconferência do presídio federal, o acusado e a defensora pública potiguar Fernanda Greyce Fernandes, que acompanhou toda a sessão auxiliando o colega de Roraima.

De acordo Fernanda Greyce, a escolha pela realização do Júri através de uma videoconferência se deu para minimizar os riscos e os custos que envolveriam o deslocamento do acusado para a participação do julgamento em Roraima. “A vantagem é que por não ser necessária transferência do preso, não existe risco para sua segurança nem para a dos agentes penitenciários, bem como gera uma grande economia para a União, que não precisa arcar com as despesas de deslocamento de todo esse aparato até o estado de origem do processo”, comentou a defensora potiguar. O julgamento durou todo o dia. Ao final, Bruno Almeida foi condenado a nove anos de reclusão em regime fechado pela tentativa de homicídio duplamente qualificado (por motivação torpe e sem dar chance de defesa à vítima). O acusado encontra-se detido no presídio federal por, segundo investigação do Ministério Público e da Polícia Federal de Roraima, fazer parte da facção criminosa denominada “Primeiro Comando da Capital” (PCC).

Fonte: Assessoria