Por Carlos Brickmann

Dilma, enfim, é vista pelas costas. Não é o ideal, mas bem melhor do que quando era ela que nos olhava pelas costas.
Entretanto, não imagine que a inédita demissão em fatias de Dilma encerre a crise. Ao contrário, marca o início de outra: além da disputa no Supremo sobre o fatiamento, há a nova fase das denúncias e investigações, agora com mira direta em Lula. O ex-líder do Governo no Senado, Delcídio do Amaral, passou dois dias em Curitiba, depondo basicamente sobre Lula.

Aguarda-se a apresentação de três denúncias contra o ex-presidente, as três por corrupção e lavagem de dinheiro:

1 – Por R$ 2,4 milhões oferecidos pela OAS em obras no apartamento do Guarujá e na guarda de objetos da Presidência que Lula trouxe com ele;

2 – Pelo pagamento de R$ 11,8 milhões à LISL, sua empresa de palestras;

3– pelas obras no sítio de Atibaia que também não é dele.

Está na moda: as denúncias serão fatiadas, esperando que a Procuradoria Geral da República retome a delação de Leo Pinheiro, da OAS.

E haverá mais: foi confirmado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo o envio das investigações do Ministério Público paulista sobre o apartamento triplex do Guarujá que não é de Lula para o juiz Sérgio Moro, em Curitiba. Essas investigações atingem a esposa e um dos filhos do líder petista.

Há muita gente querendo matar a Lava Jato. E sabem direitinho por que.