Economia começa a reagir

Na fala aos prefeitos, ontem, na instalação da 20ª Marcha dos Municípios a Brasília, o presidente Michel Temer (PMDB) disse que o pior momento do País já passou e voltou a falar em entusiasmo sobre a reação da economia. Depois da reação do PIB, que cresceu 1,1%, outra notícia alvissareira foi bastante comemorada ontem: o Brasil voltou a gerar empregos com carteira assinada em abril, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho.

No mês passado, segundo o levantamento, as contratações superaram as demissões em 59.856 vagas. Foi o primeiro resultado positivo para abril desde 2014. Abril também foi o segundo mês de 2017 em que houve geração de empregos formais – em fevereiro as contratações também superaram as demissões em 35.612 vagas, no que foi o primeiro registro de criação de postos com carteira assinada no país em quase dois anos.

Após o resultado positivo de fevereiro, porém, o País voltou a fechar vagas de trabalho em março. Naquele mês, 63.624 postos foram fechados. “Espero que no mês que vem, quando venhamos a conversar novamente, possamos comemorar essa expectativa da retomada do emprego no Brasil. Isso é uma tendência. Quanto maior o número de pessoas consumindo, toda essa cadeia se fortalece. Esperamos que se concretize e se estabeleça esses números positivos”, disse o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.

Apesar do resultado positivo no mês passado, os dados do Governo mostram que, no acumulado de janeiro a abril, houve o fechamento de 933 vagas com carteira assinada no País. Mesmo negativo esse foi o melhor resultado para este período desde 2014 – quando 458 mil vagas formais foram abertas. Nos quatro primeiros meses de 2015 e de 2016, respectivamente, foram fechados 137 mil e 358 mil empregos com carteira assinada.

Os números de criação de empregos formais do primeiro quadrimestre, e de igual período dos últimos anos, foram ajustados para incorporar as informações enviadas pelas empresas fora do prazo nos meses de janeiro e março. Os dados de abril ainda são considerados sem ajuste. A notícia de que o País voltou a criar empregos em abril ocorre num momento em que dados apontam para um possível início de recuperação da economia brasileira.

Esses números mostram que, no primeiro trimestre deste ano, o nível de atividade voltou a acelerar, embora os efeitos da recessão ainda não tenham acabado. Além disso, a prévia do PIB, divulgada pelo Banco Central nesta semana, indica que o PIB brasileiro cresceu 1,1% no acumulado dos três primeiros meses deste ano, na comparação com o último trimestre de 2016.

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