Ano fecha com bons horizontes  

Em jornalismo, para quem faz, assiste, ler ou ouve, não tem nada mais chato e enfadonho do que as chamadas retrospectivas de fim de ano. Um dos pais da ciência moderna, o pensador alemão Albert Einstein diz que a distinção entre passado, presente e futuro é apenas uma ilusão teimosamente persistente.

O que impressiona nas edições, principalmente de televisão, é o despertar e a exploração para o macabro. Por isso, não perco tempo na frente da telinha. Quanto a 2019, diria apenas que os números da economia mostram o florescer de novos tempos. Pode ser bolha? Sim, mas o fato é que se o presidente ajudasse, talvez essa bolha desse muito mais frutos, abrindo perspectivas para a retomada do desenvolvimento, a geração de emprego e renda.
Bolsonaro, porém, não ajuda. Escorrega nas cascas de banana jogadas pelos jornalistas mais experientes, fala o que não deve, agride o bom senso e leva o País ao descrédito.
Mais empregos 
O dado mais recente do mercado de trabalho bate com a visão de que a economia vem ganhando tração. O IBGE divulgou, recentemente, que 99 mil vagas de emprego com carteira assinada foram criadas apenas em novembro. No acumulado do ano, são 948 mil. “Uma taxa de 80 mil vagas de trabalho por mês é compatível com um PIB de 2,8%”, diz o economista Luka Barbosa.
Juros baixos – A estabilização da economia global e a queda dos juros também colaboraram para um cenário mais otimista. Se a Selic (a taxa básica de juros) ficar em 4,5%, muda a dinâmica do mercado consumidor. Esse impacto é muito forte. As alterações das projeções para o PIB de 0,8% para 1,1% neste ano e de 2% para 2,5% em 2020 já são corroboradas no mercado.

Blog do Magno Martins