Em seu último discurso como presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) chorou por diversas vezes.

Maia disse em sua fala que volta agora à “planície”. “As brigas passaram, vamos eleger um novo presidente. Tivemos um momento de mais atrito com Arthur Lira, e se algum momento alguém tenha se sentido ofendido, não foi a minha intenção”, discursou.

O fim da era Rodrigo Maia no comando da Câmara ocorre em um momento de dilema vivido pelo deputado. A dúvida é se ele deve sair do DEM, partido agora dominado por lideranças cooptadas pelo governo. Nos últimos dias, ele e o presidente Jair Bolsonaro travaram queda de braço na disputa pelo controle da Casa. A legenda decidiu abandonar a campanha de Baleia Rossi (MDB-SP) e apoiar o líder do Centrão, Arthur Lira (PP-AL), eleito presidente. Se permanecer na legenda, o parlamentar de 50 anos, quase cinco deles no comando da Câmara, será mais um congressista, avaliam aliados. Fora, Maia será cobiçado por outras legendas e terá condições de se tornar um player influente do campo oposicionista no processo sucessório de 2022.

No discurso de despedida da Câmara dos Deputados, ontem, depois de três mandatos, o agora ex-presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) chorou feito bebê. Sai deste processo eleitoral do Congresso como anão político, o maior derrotado. Bancou uma aventura para confrontar o presidente Bolsonaro e se deu muito mal. Não conseguiu sequer transferir os votos da bancada do seu partido para Baleia Rossi, candidato que bancou para seu infortúnio.

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