O presidente Jair Bolsonaro filiou-se ao Partido Liberal (PL), na manhã de hoje, durante evento no Complexo Brasil 21, em Brasília. A pedido de Bolsonaro, a cerimônia no auditório foi reservada para pessoas próximas, diretores regionais da sigla, ministros, filhos e amigos.

“Confesso prezado Valdemar [Costa Neto, o presidente do PL], a decisão não foi fácil”, afirmou Bolsonaro. “Uma filiação é como um casamento. Não seremos como marido e mulher, mas seremos como uma família”, disse o chefe do Executivo.

Em seu discurso, Jair Bolsonaro defendeu sua gestão, falou sobre as eleições de 2022 e criticou a esquerda. A congressistas, disse que veio do mesmo meio: “Eu vim do meio de vocês, fiquei 28 anos dentro da Câmara dos Deputados”, disse. “Mas há uma semelhança muito grande entre nós. Ninguém faz nada sozinho”.

“O futuro do Brasil está em nossas mãos. Nós tiramos o Brasil da esquerda”, disse o chefe do Executivo. Ele falou sobre a corrida eleitoral do ano que vem: “Tem mais candidatos né? Do que 2018. Isso é bom para a democracia. Quanto mais candidato melhor”.

O presidente também usou a fala para defender a aprovação do nome de seu indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, no Senado. A sabatina na CCJ está marcada para amanhã. Jair Bolsonaro também voltou a dizer, sem mencionar nomes, que “alguns extrapolam” na Praça dos Três Poderes.

“Alguns extrapolam aqui na região da Praça dos Três Poderes. Essa pessoa vai ser enquadrada, vai se enquadrando, vai vendo que a maioria somos nós. E nós aqui que temos votos, em especial, é que devemos decidir o destino da nação”, declarou.

“Nós temos um bem que está na nossa frente, que não podemos desprezar, achar que não vai acabar nunca. É um bem que devemos sempre zelar por ele, que é a nossa liberdade”, disse o presidente em seu discurso.

O filho do presidente, Flávio Bolsonaro, também filiou-se ao partido. Ele usou seu discurso para também defender o governo e tecer ataques a Sergio Moro (Podemos), ex-ministro de Bolsonaro que disputará o Planalto em 2022.

O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, abre a lista e também vai se filiar hoje ao PL, ao lado de Marinho, presidente e do senador Flávio Bolsonaro (RJ), que deixa o Patriota. Além de Marinho, outros quatro ministros de Bolsonaro migrarão para o PL, mas em outra etapa. Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) deve disputar a sucessão do governador João Doria, em São Paulo, e Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência) vai concorrer ao governo do Rio Grande do Sul.

Os ministros Marcelo Queiroga (Saúde), que estuda concorrer ao governo da Paraíba, e Gilson Machado (Turismo), que planeja se candidatar ao Senado ou a cadeira do governador Paulo Câmara, em Pernambuco, também negociam a entrada no PL.

 

 Poder360