O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou a integrantes do MDB que deve ser diplomado no dia 12 de dezembro e, só a partir daí, anunciará os ministros do seu futuro governo. No Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o prazo final para a diplomação é 19 de dezembro, mas a data pode ser antecipada, desde que as contas da campanha já estejam julgadas e aprovadas.

A expectativa na Justiça Eleitoral, segundo apurou o Valor, é que esse julgamento ocorra entre os dias 6 e 7 de dezembro. Assim, o ato de diplomação, que confirma a vitória dos eleitos e autoriza a posse, poderia ocorrer já no dia 12. Quando o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), tomou posse, a diplomação ocorreu em 10 de dezembro de 2018.

Lula recebeu, ontem, representantes do MDB para uma reunião. Participaram o presidente do partido, deputado Baleia Rossi (SP), o líder na Câmara, deputado Isnaldo Bulhões (AL), o governador do Pará, Helder Barbalho, e o senador Marcelo Castro (PI), relator do Projeto de Lei Orçamentária (LOA) de 2023.

Lula tem planos de anunciar os nomes em bloco, de uma só vez. A avaliação é de que a estratégia pode diminuir a pressão em cima de algum ministro em particular. No entanto, ainda não há data para essa 1ª leva sair.

Há duas possibilidades sendo consideradas:

  • anunciar o bloco na próxima semana;
  • deixar para divulgar os nomes dos futuros ministros só depois da diplomação do presidente eleito, marcada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para 12 de dezembro – Lula gosta dessa ideia.

NOME NA FAZENDA

O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) é o mais cotado para assumir o Ministério da Fazenda no governo Lula –também é o preferido dentro de alas majoritárias do PT. No entanto, voltou a circular nesta terça-feira (29.nov.2022) o nome do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB). O ex-tucano é o ministro dos sonhos de parte significativa da Faria Lima. Ainda é incerto o tamanho da Esplanada do governo Lula.

Levantamento do Poder360 a partir discursos do presidente eleito antes de sua vitória indicam a criação de 14 novas pastas. Os ministérios da Economia e da Mulher, Família e Direitos Humanos seriam desmembrados. Outras, como Pesca e Cultura, retornariam à Esplanada.

O petista disse que espera contar com o partido em sua base de apoio no Congresso, mas que o encontro dessa segunda ainda era inicial, e que os espaços no futuro governo serão negociados em uma próxima reunião. De acordo com fontes, ele comentou que só deve começar a anunciar seus ministros após ser diplomado pela Justiça Eleitoral.

Fontes: Poder 360 e Blog do Magno