O Rio Grande do Norte tem duas cidades entre as 50 mais violentas do Brasil, segundo os dados da 17ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, lançada nesta quinta-feira (20) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O ranking leva em conta cidades com mais de 100 mil habitantes.

Segunda maior cidade do Rio Grande do Norte, Mossoró, na região Oeste, ocupa a 13ª posição do ranking de cidades mais violentas do país em 2022, com taxa de 63,5 mortes violentas por 100 mil habitantes.

Foram crimes como o que resultou na morte de dois irmãos e um amigo deles dentro de casa, em Mossoró, na véspera do feriado de Natal. Edielson Lopes de Oliveira, de 19 anos, e Edson Lopes de Oliveira, de 23, e Thiago Barbosa de Oliveira, de 23 anos, foram executados a tiros.

Já São Gonçalo do Amarante, na região metropolitana de Natal, ocupa a 40ª posição com taxa de 44,9. Entre as mortes violentas registradas na cidade em 2022, está a da comerciante Denise de Araújo da Silva, de 30 anos, que foi morta dentro do próprio mercadinho.

Redução de mortes

Apesar dos dados negativos, o estado registrou redução do número de mortes violentas intencionais em 2022, na comparação com 2021. O resultado segue uma tendência registrada ao longo dos últimos anos.

Foram registradas 1.212 mortes violentas, contra 1.308 no ano anterior.

Com isso, a taxa de mortes do estado caiu de 39,7 por 100 mil habitantes para 36,7 por 100 mil habitantes, mas seguiu acima da média nacional, que é de 23,4.

A redução de mortes no estado representou queda de 7,7% – a segunda maior do Nordeste, abaixo apenas da Bahia (-9%). A queda percentual também ficou acima da média brasileira, que foi de -2,4%.

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública é um levantamento realizado desde 2007 pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e é produzido a partir de dados e indicadores oficiais.

Alta nos casos de lesão corporal seguida de morte

De acordo com o anuário, o Rio Grande do Norte registrou redução em quase todos os tipos de morte violenta intencional – homicídio doloso, latrocínio, mortes de policiais e mortes decorrentes de intervenção policial.

A exceção foi dos casos de lesão corporal com resultado em morte. Esse tipo de crime saltou de 19 ocorrências registradas em 2021 para 77 em 2022 – uma alta de 305%.

O anuário ainda apresenta dados sobre violência contra mulheres e crianças, estelionato, crimes de stalking, porte e posse de armas de fogo, pessoas desaparecidas, entre outros.

G1RN