O preço do petróleo deve continuar subindo, mantendo a pressão sobre as demais commodities, inclusive as agrícolas. A avaliação é de economistas e cientistas políticos. O conflito na Líbia acentuou a alta nas cotações do óleo no mercado internacional.

A situação da região continua incerta. Diante da revolta popular que já dura vários dias, o ditador Muamar Kadafi segue afirmando que não vai deixar o poder. Nesta sexta, ele voltou a discursar, disse que vai vencer os inimigos e pediu à população que se prepare para defender o país, principalmente as instalações de petróleo.

A Líbia é o décimo segundo maior exportador de petróleo do mundo. A crise no país acentuou uma alta de preços do produto no mercado internacional. Na bolsa de Nova York, a cotação já subiu 14% e se mantém perto dos US$ 100 o barril. Em Londres, o valor está ainda mais alto próximo de US$ 120 o barril.

– Têm alguns canais que o preço do petróleo em alta pode impactar, um deles é o aumento do custo de forma geral na economia isso sugere lucros menores, vai ter situação pior para empresário e aumento do custo de gasolina, preço de fretes, uma série de itens da cadeia produtiva – informa o economista da Gradual Investimentos, André Perfeito.

Para o cientista político, Heni Ozi Cilier, não há data para o fim dos conflitos e, consequentemente, para um ajuste no mercado internacional de commodities.

– As commodities também vão ser influenciadas pelo preço do petróleo vai subir de forma geral. Não há um prazo para terminar começou agora é incipiente e é importante acompanhar o que acontece agora na líbia e baren de acordo com o que se desenrolar nesses dois países a gente pode ter um cenário que se resolva tudo mais. Rapidamente ou um cenário com mais revoltas – explica.

O mar agitado na costa da Líbia fez com que a partida dos 148 brasileiros, 48 portugueses, 20 espanhóis e um tunisiano, que estão em Benghazi, segunda maior cidade do país, fosse adiada para amanhã (26) de manhã. Todos já estão embarcados no navio, que sairá de Benghazi em direção a Atenas, na Grécia. A viagem deve durar cerca de 17 horas. A partida do navio estava prevista para hoje, mas o mau tempo impediu a viagem.

Fonte: Marcelo Abdon