A presidente Dilma Rousseff, em uma entrevista a Deborah Berlinck, O Globo, e Clóvis Rossi, Folha de São Paulo, na tarde de domingo ainda na Austrália, publicada nas edições de segunda-feira 17 dos dois jornais, afirmou que as investigações sobre os escândalos na Petrobrás vão mudar o país para sempre, na medida em que representam o fim da impunidade, acrescentou. Concretamente não se pode sustentar que causa uma mudança eterna para o país, porém é fato que representa um marco na história brasileira, erguendo um divisor na história de nossa principal empresa em seus 61 anos de existência. Pois de 1953, quando entrou em vigor a lei 2004, até hoje, nada ocorreu na dimensão do que hoje veio à superfície em matéria de corrupção, com o envolvimento exposto de empresários, lobistas, operadores cambiais, administradores públicos e políticos. E o montante dos valores comprometidos? E as obras superfaturadas? O impacto foi tão forte, sua repercussão enorme, sobretudo porque, isso sim, pela primeira vez executivos e sócios de grandes empresas tiveram sua prisão decretada e se encontram presos na Polícia Federal do Paraná.