Foto: Reprodução/TV PT

Policiais federais apreenderam 14 mil reais em espécie com o governador de Alagoas, Paulo Dantas, além do celular do político. O candidato à reeleição pelo MDB cumpria compromissos em São Paulo e recebeu os agentes em um hotel da zona sul da capital paulista, na manhã desta terça-feira (11). O candidato é apoiado pelo candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva.

Dantas foi intimado a prestar depoimento quando retornar ao estado de origem. De acordo com a decisão da ministra Laurita Vaz, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o governador deve ser afastado do cargo por 180 dias. Ou seja, não poderá retomar o mandato, que acaba em dezembro. O vice-governador, José Wanderley Neto (MDB) vai assumir o Governo.

Paulo Dantas foi eleito deputado estadual e chegou à cadeira de governador em maio desse ano, em uma eleição indireta, após o afastamento do ex-governador Renan Filho, para concorrer ao Senado. O processo corre em sigilo, mas a CNN apurou que Dantas é investigado, desde agosto deste ano, por um suposto esquema de desvio de recursos púbicos do Estado para a contratação de funcionários fantasmas durante sua gestão.

O esquema teria como beneficiárias a irmã e a esposa do político, Marina Dutra, que é prefeita de Batalha, cidade no Sertão de Alagoas. Segundo fontes da PF, o governador teve seu afastamento do cargo determinado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O afastamento de Dantas do cargo foi uma das medidas cautelares determinadas pelo STJ. Também foi autorizado o sequestro de bens e valores que chegam a R$ 54 milhões. Conforme a decisão judicial, os investigados estão impedidos de manter contato entre si e de frequentar os órgãos públicos envolvidos na investigação.

A “Operação Edema” é uma ação conjunta entre Ministério Público Federal e Polícia Federal que visa apurar a prática de desvios de recursos públicos, desde 2019, no âmbito do Poder Público do Estado de Alagoas. Foram cumpridos 31 mandados de busca e apreensão expedidos pela justiça. Entre os endereços visitados estão a Assembleia Legislativa de Alagoas e o Palácio República de Palmares, de do governo, em Maceió.

São apurados os crimes de organização criminosa, peculato, que é o desvio de dinheiro público, e lavagem de dinheiro.

CNN Brasil

31
mar

Absurdo em Alagoas…

Postado às 16:34 Hs

Orgias com o dinheiro público que deveria ser usado para a merenda escolar em municípios do interior de Alagoas foram desviados para a compra de uísque e ração para cachorro. A suspeita é resultado de uma investigação conjunta entre Ministério Público Federal, Controladoria Geral da União e Polícia Federal em nove municípios do Estado.

A estimativa é que em dois anos tenham sido usados indevidamente R$ 8 milhões em recursos federais destinados à merenda.

A PF (Polícia Federal) deflagrou na madrugada desta quarta-feira uma operação para cumprir 16 mandados de prisão temporária e 28 de busca e apreensão nas prefeituras de Girau do Ponciano, Poço das Trincheiras, Estrela de Alagoas, Senador Rui Palmeira, Belo Monte, Limoeiro de Anadia, Lagoa da Canoa, Traipu e Craibas.

Entre os presos estão ex-prefeitos, primeiras-damas e parentes de prefeitos que ocupam cargos nas administrações municipais, além de gestores públicos. A PF não divulgou o nome dos suspeitos. Todos os mandados foram expedidos pela Justiça Federal em Arapiraca (AL). Nenhum prefeito está entre os presos. A competência para investigá-los é do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, com sede em Recife.

Segundo José Godoy, procurador da república em Arapiraca (122 km da capital), há suspeita de que o dinheiro desviado tenha sido usado também para pagar as compras semanais na casa dos suspeitos.

“Essa operação denota uma cultura muito nefasta de alguns gestores, de tratar a coisa pública com se fosse bens privados”, disse Godoy. ‘Usam o dinheiro da merenda para fazer as compras diárias da casa e de artigos de luxo.’”

Durante as investigações, crianças de escolas visitadas disseram que só tinham biscoito para comer. Em outras, só havia merenda para os primeiros 15 dias do mês. Nos demais, as crianças não comiam.

Segundo o procurador, o quadro encontrado nas escolas em relação à quantidade e qualidade dos alimentos oferecidos às crianças não batia com as notas fiscais nem com as licitações feitas pelas prefeituras para compra de merenda.

A operação realizada hoje é uma continuação de uma ação realizada em outubro de 2010, na qual sete pessoas foram presas suspeitas de fraudes nas licitações de merenda no Estado.

Segundo o procurador, os documentos apreendidos e os depoimentos obtidos após a primeira operação mostraram que as possíveis irregularidades iam além da fraude em licitações e abrangiam também desvio de dinheiro.

Fonte: Folha Online

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