Mesmo com o corte de R$ 50 bilhões no Orçamento deste ano para equilibrar as contas públicas, o governo federal ainda discute a possibilidade de aumentar o valor da renda das famílias que podem ser enquadradas no Programa Minha Casa, Minha Vida.

“Existe uma discussão no governo em torno da renda”, afirmou o vice-presidente de governo da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, destacando que, se houver alteração nos valores, a tendência é de que não seja muita.

A pressão para atualização dos valores vem do setor de construção civil. O governo tem resistido aos apelos porque eles podem implicar aumento dos recursos públicos para subsidiar a construção da moradia para a baixa renda.

Outra demanda das empresas de construção civil é a ampliação do próprio subsídio do governo, cujo teto atualmente é de R$ 23 mil.

Com o bloqueio no Orçamento, segundo uma fonte do governo, os investimentos do Programa Minha Casa, Minha Vida não devem ser ampliados neste ano. A expectativa é de que fique no mesmo patamar de 2010, mas nada impede o debate quanto ao reajuste do valor da renda das famílias que podem ser beneficiadas.

O governo da presidente Dilma Rousseff quer construir 2 milhões de moradias para baixa renda em quatro anos. Hereda reforçou que o orçamento do programa para este ano está garantido.

No principal programa habitacional do governo, as moradias para famílias com renda de até R$ 2.790 (o equivalente a seis salários mínimos em 2009) recebem subsídios públicos que variam de R$ 2 mil a R$ 23 mil.

As famílias com orçamento mensal de até R$ 1.395, por exemplo, são integralmente bancadas pelo governo federal. O teto para enquadramento no programa é de R$ 4.650.

Fonte: Agência Estado