O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva continuará a ser medicado com antibióticos entre 10 a 14 dias, afirmou o médico Artur Katz. “Não obrigatoriamente esse período terá que ser no hospital”, afirmou.

No domingo, Lula foi internado no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, por causa de uma pneumonia. Segundo o médico, a doença é efeito da baixa imunidade causada pelo tratamento contra o câncer na laringe.

“O tratamento ao qual o presidente fez é extraordinariamente pesado”, afirmou. O tumor foi diagnosticado em outubro.

Katz disse que novos exames foram feitos para detectar a presença de tumores e nada foi encontrado. Segundo ele, porém, os exames não são conclusivos porque a radioterapia, terminada em 17 de fevereiro, ainda tem efeitos sobre o organismo do ex-presidente.

“O inchaço não permite uma avaliação adequada.” O médico explicou que o ex-presidente sente incômodo para se alimentar.

De acordo com o médico, Lula não tem mais febre e está se sentindo bem. No entanto, ele afirmou que não há previsão de alta. “Seria precoce mandá-lo para a casa, por exemplo, hoje.”

Os exames feitos hoje identificaram a doença, mas não se sabe qual foi o agente causador, que pode ser um vírus, uma bactéria ou um fungo.

Os médicos do ex-presidente também não estão permitindo visitas. Katz afirmou que a medida serve para dar um “descanso na corda vocal”.

O governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, tinha um encontro marcado com Lula para discutir o apoio do partido à candidatura do petista Fernando Haddad. A reunião, porém, foi cancelada.

Durante o tratamento, o ex-presidente manteve uma intensa agenda política. Só no hospital foram 34 encontros.(Folha)