Ofertas de internet móvel variam entre R$ 0,33/dia (em contrato mensal) a R$ 0,50/dia

As principais operadoras de telefonia móvel apostam no aumento de internet banda larga móvel neste ano. A maior prova disso são as ofertas que variam de R$ 0,33/dia a R$ 0,50/dia. Com este valor, qualquer usuário pode ter acesso móvel à web com seu celular pré-pago, que suporte internet 2G ou 3G.

O interesse dessa popularização, claro, não é unilateral. Da mesma forma que as companhias baixam os preços, os usuários de diversas classes sociais têm cada vez mais interesse em realizar no telefone as atividades típicas do computador. “Há um crescente interesse da nova classe C em usar o celular para enviar mensagens, o que não é nenhuma novidade, e também acessar redes sociais”, argumentou Albino Serra, diretor da regional São Paulo da Claro.

De acordo com a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), no Brasil há 47,2 milhões de acessos móveis à internet. A projeção para crescimento do serviço de internet móvel no Brasil, segundo um estudo conduzido pela consultoria Teleco, é que até o fim de 2012 haja 73 milhões de acessos – um acréscimo de 25 milhões.

Para atingir este público que quer cada vez mais estar conectado, as companhias de telefonia móvel, além do preço, adotam ações agressivas. “O segredo é a capilaridade somada a uma oferta matadora. Nossos pontos de venda vão da funerária ao hospital”, brinca Juliana Teixeira, gerente de canais de massa da Tim.

No ano passado, a Tim foi uma das empresas que mais aumentou a participação no mercado de telefonia móvel. A companhia, segundo dados da Anatel, passou a Claro, ocupando o posto de segunda operadora com maior participação de mercado atrás da Vivo. No entanto, em função do alto crescimento, a companhia teve problemas com a justiça em alguns Estados do Nordeste por não oferecer serviços apropriados, gerando um congestionamento de rede.

A principal estratégia utilizada pelas operadoras é o que elas chamam de efeito comunidade, que acaba angariando clientes por meio de planos de voz. “Isso consiste no fato de as empresas oferecerem ligações ou mensagens a tarifas muito baratas entre usuários da mesma operadora. Quanto maior o número de pessoas utilizando o chip de uma operadora, maior o apelo”, explica Eduardo Tude, da consultoria em telecomunicações Teleco.