Em discurso na cerimônia de posse da diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, a presidente Dilma Rousseff disse que, entre os principais desafios da nova gestão da agência reguladora, estão “o aprimoramento” e “o aprofundamento” da regulação do etanol, para assegurar a estabilidade do fornecimento do biocombustível no país.

“É preciso assegurar que essa regulação permita algo que é essencial na atividade energética, que é a garantia do fornecimento e a estabilidade no fornecimento; que não haja flutuações que criem instabilidades no setor de combustíveis no país. Somos aqueles que conquistaram alta produtividade do etanol de primeira geração e vamos querer mantê-la. Não pode faltar etanol no Brasil”, disse a presidente.

Dilma Rousseff aproveitou o discurso para criticar o “jeitinho brasileiro”. “Não tenho nenhuma dúvida de que a maioria dos brasileiros cansou de conviver com práticas marcadas pela lassidão (desinteresse) e com a nossa fama de país do “jeitinho”. Acho que nossa flexibilidade é estratégica para conviver no mundo moderno. Eu estou criticando o “jeitinho”.

A presidente acrescentou que “o povo brasileiro sabe que, sem regras, os primeiros que sofrem são os mais fracos” e garantiu que o governo trabalha “continuamente para construir um país em que se respeitem compromissos, em que se cumpra a palavra empenhada e, sobretudo, que se honre a assinatura aplicada em um documento”.