Professores de universidades federais iniciaram movimento de greve (ontem) quinta-feira para pressionar o governo a debater o plano de carreira da categoria e melhorias na estrutura de ensino. De acordo com o Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), 34 instituições já entraram em greve hoje e outras podem aderir à paralisação após assembleias, agendadas para a próxima semana. Universidades federais do Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Pará, Maranhão, Piauí e Mato Grosso do Sul, por exemplo, aderiram à greve, afirmou Almir Menezes Filho, diretor do Andes.

No início da semana, o governo editou medida provisória autorizando reajustes salariais, entre outros benefícios, para quase um milhão de servidores federais ativos, aposentados e pensionistas – dentre eles, professores universitários. Os docentes de universidades federais ganharam reajuste de 4%, percentual abaixo da inflação. “Foi um acordo emergencial que o governo transformou em medida provisória com a pressão dos indicativos de greve. Se a discussão da carreira tivesse se desenvolvido, provavelmente não estaríamos nessa situação”, afirmou Menezes. “Nós defendemos o fim de classes na carreira, [como] professor auxiliar, assistente, adjunto, associado. Não tem diferença nenhuma de função [entre elas]“, completou.

Em Mossoró a UFERSA paralizou suas atividades docentes e também atinge os campis de Angicos,Pau dos Ferros e Caraúbas .