O julgamento do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF) não deve terminar antes da aposentadoria do atual presidente da corte, ministro Carlos Ayres Britto, no próximo dia 18 de novembro. Nessa data, Britto completa 70 anos, idade com a qual os ministros são aposentados compulsoriamente.

Com isso, o Supremo deverá concluir o julgamento com nove dos 11 ministros, já que a vaga de Cezar Peluso, que se aposentou em agosto, ainda não foi preenchida. O substituto, Teori Zavascki, ainda não teve a indicação votada pelo plenário do Senado.

Na próxima semana, o julgamento será suspenso em razão de uma viagem do relator para tratamento de saúde. Por isso, as sessões serão retomadas somente em 7 de novembro.

Assim, antes da aposentadoria de Britto, serão realizadas mais quatro sessões de julgamento do mensalão (7, 8 12 e 14 de novembro) – as sessões ocorrem às segundas, quartas e quintas. Dia 15, que é uma quinta-feira, é feriado da Proclamação da República.

Nas três sessões desde o início da fase de dosimetria (fixação do tamanho das penas), na última segunda (22), os ministros estipularam a punição de apenas um réu, Marcos Valério, condenado como o operador do esquema do mensalão. Eles também começaram a definir a pena de Ramon Hollerbach, ex-sócio de Valério.

Ainda faltam, no entanto, a conclusão do caso de Hollerbach e a definição das penas dos outros 23 condenados.(G1)