Puxadas pelo setor de supermercados, as vendas no varejo brasileiro registraram em setembro a quarta expansão mensal seguida, ao subirem 0,3 por cento sobre agosto, a menor para esses meses desde 2005, quando recuou 0,6 por cento.

O resultado, que veio dentro do esperado, mostra que a atividade ainda não havia conseguido se recuperar com mais força. Segundo especialistas, os últimos meses deste ano devem repetir a performance, ainda com crescimento pequeno nas vendas, entre outros, pela cautela dos bancos em conceder crédito.

De acordo com os dados divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em relação a setembro de 2011, as vendas no varejo apresentaram alta de 8,5 por cento. Em agosto, o setor havia registrado avanço mensal de 0,2 por cento.

“As vendas continuam crescendo, só que agora num ritmo moderado”, afirmou a jornalistas a economista do IBGE Aleciana Gusmão, acrescentando que esse cenário veio do ainda alto endividamento das famílias e da perda da força dos impactos das desonerações fiscais feitas pelo governo.

Analistas ouvidos pela Reuters previam alta de 0,3 por cento em setembro, ante agosto, de acordo com a mediana das previsões de 35 economistas. As projeções variaram de queda de 0,20 por cento e alta de 1,10 por cento.

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a projeção era de aumento de 8,7 por cento, segundo a mediana de 31 projeções.

SUPERMERCADOS

Segundo o IBGE, o resultado de setembro foi puxado pela atividade de super e hipermercados, que registrou alta de 1,2 por cento sobre o mês anterior, depois de terem recuado 1,2 por cento em agosto sobre julho. O setor de combustíveis e lubrificantes também apresentou alta em setembro, de 0,9 por cento, mantendo o ritmo do período anterior.

Fonte:  Reuters