A taxa de juros do cheque especial subiu 4,4 pontos percentuais, de agosto para setembro, ao alcançar 143,3% ao ano, de acordo com dados divulgados hoje (29) pelo Banco Central (BC). Essa é a taxa mais alta desde julho do ano passado – 144,2% ao ano.

Entre as modalidades do crédito com recursos livres para pessoas físicas divulgadas pelo BC, a taxa do cheque especial é a mais alta. A taxa do crédito pessoal, incluídas operações consignadas em folha de pagamento passou de 39,7% ao ano para 40,4% ao ano, aumento de 0,7 ponto percentual.

A taxa para a compra de carros, subiu 0,3 ponto percentual – de 20,9% para 21,2% ao ano. Para a compra de outros bens, o aumento ficou em 0,8 ponto percentual, passando de 67,6% para 68,4% ao ano.

No caso das operações de arrendamento mercantil (leasing) de carros, houve queda de 1,1 ponto percentual para, variando de 12,1% para 11% ao ano.

Em queda…

A greve dos bancários provocou uma queda na liberação de crédito para os consumidores em setembro, informou o Banco Central nesta terça-feira (29). Segundo relatório da instituição, a paralisação contribuiu para uma redução de 3% nos empréstimos às famílias, com destaque para o crédito consignados (-16%), aquisição de veículos (-8,1%), financiamento imobiliário (-9,5%) e crédito rural (-7%). A greve teve início no dia 19 de setembro e os bancários só retornaram ao trabalho na terceira semana de outubro. A liberação de empréstimos para empresas foi menos afetada e cresceu 1,5% no mês passado. A alta dos juros torna mais caro fazer compras parceladas e tomar empréstimos, o que desestimula o consumo. O aumento dos juros médios no mercado é reflexo do aumento da taxa básica (Selic), que já subiu cinco vezes desde abril, para 9,5% ao ano. O BC está elevando os juros para controlar a inflação.